A mensagem de Waggoner e Jones

Todos os sermões e livros escritos sobre Waggoner e Jones em português que a Igreja Adventista do Sétimo Dia e a IASD movimento de reforma escondem de seus membros.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

COMO ATENDER AO “DAI-LHE GLÓRIA” - Parte II


Sermão nº 21 apresentado na
reunião da Conferência Geral de 1895
 A.T. Jones

            Estamos ainda estudando o que temos em CRISTO. Não devemos esquecer que o SENHOR nos ressuscitou e nos estabeleceu em CRISTO à Sua própria destra na existência celestial. E graças ao SENHOR que é ali onde Ele habi­ta, em Seu glorioso reino. Estamos ainda estudando o que temos nEle, onde Ele está e que privilégios e riquezas nEle temos a nosso dispor.
            Começaremos esta lição esta noite com Efés. 2:11, 12, 19:
            "Portanto, lembrai-vos de que outrora vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, naquele tempo, estáveis sem CRISTO, separados da comunidade de Israel, e estranhos  às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem DEUS no mundo.
            "Assim já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de DEUS".
            Bem, estou feliz com isso. Nosso lugar está completamente mudado, nossa condição transformada. E tudo isso é realizado em CRISTO; essa mudança é operada em nós nEle, pois "Ele é a nossa paz".
            Mas agora, em CRISTO JESUS, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de CRISTO. Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos [DEUS e nós, um] fez um; e, tendo derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, . . . para que dos dois criasse em Si mesmo um novo homem, fazendo a paz. . .  porque, por Ele, ambos temos acesso ao PAI em um Espírito. Assim [em razão de termos acesso ao PAI nEle] já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos.
            O texto alemão dá outro sentido às palavras no verso dezenove: "Agora, pois, não mais sois hóspedes e estrangeiros, mas cidadãos". A força disso será vista mais claramente quando eu mencionar que em Levítico, onde nossa Bíblia reza "estrangeiros e peregrinos contigo" o alemão traz "estrangeiros e peregrinos estão con­tigo". Destarte, em CRISTO não mais somos estrangeiros e peregrinos; não somos nem mesmo visitantes. Estamos mais perto do que isso.
            Novamente, Efésios 2:19:
            "Assim já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de DEUS".
            Um hóspede não é membro da família; é apenas alguém bem recebido, mas meramente vem e vai. Mas aquele que pertence à família vem para ficar. O termo alemão onde nossa palavra "família" é empregada nos aju­dará a ver o real sentido implícito. A palavra é Hausgenossen e deriva de essen, que significa "comer". Hauge­nossen é alguém que come na casa e ali reside. Ele está em casa, e quando entra, não o faz como um visitante. Ele entra porque pertence àquele lugar.
            Esse texto mostra o contraste até aqui entre o que éramos e o que somos, mas há outros textos que nos trazem ainda mais próximo disso. Volvamo-nos ao quarto capítulo de Gálatas, começando com o primeiro verso e obtenhamos o pleno contraste:
            "Digo, pois, que durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. Assim também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; vindo, porém, a plenitude do tempo, DEUS enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vós sois filhos, enviou DEUS aos nossos corações o ESPÍRITO de Seu Filho, que clama: Aba, PAI. De sorte que já não és escravo".
            Não estamos na casa como um servo--não mais somos servos. Somos servos do SENHOR, isso é certo, e nosso serviço é dedicado ao SENHOR, mas o que estamos estudando agora é nosso relacionamento com o SENHOR e o lugar que Ele nos concede na família.
            Isso mostra que o SENHOR nos concede um relacionamento mais íntimo Consigo do que o que se atribui a um servo numa casa de família. Não estamos nessa família celestial como servos, mas como filhos.
            "De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por DEUS". A visão que nos é dada aqui é a de filho, que pode ser filho único; toda a propriedade dos pais lhe será atribuída no curso re­gular do processo de herança, mas ele é uma criança ainda, e está sob tutores e curadores, e é treinado e conduzi­do do modo como o pai deseja até que alcance a idade em que o pai o chamará a mais íntimo relacionamento con­sigo nos assuntos familiares e nos negócios, e todas as questões relativas à propriedade. Ele tem algo mais para aprender antes de ser levado a esse relacionamento mais íntimo, mesmo com relação ao pai, mas quando tiver recebido o treinamento que seu pai designou-lhe e tiver alcançado a idade apropriada, então o pai o leva para mais íntimo relacionamento consigo. Ele tudo lhe dirá a respeito dos negócios. Pode dar-lhe parceria nos negócios e permitir que o supervisione em igualdade consigo.
            Vejamos agora João 15:13-15. É CRISTO que está falando: "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. Vós sois Meus amigos; se fazeis o que Eu vos mando. Já não vos chamo de servos," chamo-vos filhos, porque o filho mora na casa para sempre. Existe uma boa razão por que JESUS não mais nos chama de servos. Haveremos de morar na casa para sempre. Pertencemos àquele lugar; nosso lar é ali. "Não vos chamo servos," chamo-vos filhos, porque o filho mora na casa para sempre. Éramos estrangei­ros e peregrinos antes; Ele nos trouxe para mais perto do que jamais um servo que pensasse em viver na casa enquanto vivesse. Ele nos trouxe para mais perto do que um filho que ainda não atingiu a condição de maturidade. Ele nos leva para além disso tudo, para a condição de amigos e filhos em possessão, para ser levados aos concí­lios com Aquele que é o cabeça e possuidor de toda a propriedade.
            Leiamos o restante do verso: "Já não vos chamo de servos, porque o servo não sabe o que faz o seu se­nhor; mas tenho-vos chamado amigos". Ele não nos chama de servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Ele nos chama de amigos, porque não nos omitirá coisa alguma. JESUS declara: "Não vos chamo de servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor". Eu vos levo para mais perto do que isso. Eu vos chamo de ami­gos. Por quê? "Tenho-vos chamado de amigos, porque tudo quanto ouvi de Meu PAI vos tenho dado a conhecer".
            Como podem ver, portanto, Ele propõe-Se a conduzir-nos para os Seus conselhos domésticos. Ele não tem segredos para nos ocultar. Ele não se propõe a omitir-nos nada. Isso não quer dizer que nos contará tudo num dia. Não pode fazer isso, porque não somos suficientemente grandes para assimilar tudo, caso o tentasse. Mas o fato é que Ele nos diz: "Tudo quanto ouvi de Meu PAI vos tenho dado a conhecer". Sois benvindos ao conheci­mento de tais coisas. Mas nos dá tempo para podermos apreender Sua verdade. Quanto tempo nos concede? A vida eterna, a eternidade. Assim, dizemos: "SENHOR, vá em frente; toma o Teu tempo. Dize-o. Declara-nos a Tua própria vontade. Nós esperaremos para aprender".
            Agora, consideremos Efésios novamente. Há uma palavra que, tirada do alemão, ilustra isto ainda mais plenamente. Efés. 1:3-9:
            "Bendito o DEUS e PAI de nosso SENHOR JESUS CRISTO, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em CRISTO [no alemão reza: "possessões celestiais"], assim como nos escolheu nEle antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele; e em amor nos predestinou para Ele, para a adoção de filhos, por meio de JESUS CRISTO, segundo o beneplácito de Sua vontade, para louvor da gló­ria de Sua graça, que Ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo Seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da Sua graça, que DEUS derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, desvendando-nos o mistério da Sua vontade, segundo o Seu beneplácito que propusera em CRISTO".
            "Desvendando-nos o mistério da Sua vontade"; o termo alemão para "mistério" aqui é geheimnis. Geheimnis, em alemão, é, logicamente, o mesmo que nossa palavra "mistério". É um segredo. Mas remontemos à raiz dessa palavra e então veremos o segredo que aqui buscamos. Agora, é verdade que geheimnis é uma coisa secreta ou algo misterioso, oculto ou encoberto. Agora secretamente, em alemão, é heimlich. José de Arimatéia era um discípulo do SENHOR, mas heimlich--por temor dos judeus; isto é, secretamente por temor dos judeus. Mas o que esse heimlich significa? Heim é lar. Geheimnis refere-se aos negócios domésticos privados, ou mais literal­mente, os segredos de uma casa. Em toda família há o que se conhece como segredos de família. Pertencem por direito somente à família. Um estranho não pode intrometer-se nisso. Um convidado pode vir e ir-se, mas jamais terá direito a familiarizar-se com qualquer desses segredos de família. Não lhe são dados a conhecer. Agora, essa palavra "segredo"--a coisa secreta nos negócios familiares, entre marido e mulher e filhos--essas coisas que per­tencem particularmente à família, aos interesses domésticos, e aos conselhos secretos da família--essa é a idéia implícita na palavra alemã para "segredo" ou "mistério". Assim, JESUS está agora nos levando ao Seu lar e nos torna conhecidos os geheimnis de Sua vontade--os segredos familiares da família celestial. O SENHOR nos leva para um relacionamento tão íntimo Consigo que as coisas secretas da família--até mesmo os mais profundos segredos familiares--não nos são omitidos. Ele assim o diz.
            Há outro versículo que podemos ler. Agora, observem: há negócios dessa família divina, há segredos dessa família, que datam de tempos bem remotos, de bem antes de termos adentrado a família. Éramos estranhos à família. Não tínhamos ligação com a família em absoluto. Mas o SENHOR chamou e viemos, e agora Ele nos ado­tou na família e nos leva a essa íntima relação Consigo, no que Se propõe a tornar-nos conhecidos todos os segre­dos da família. A fim de assim fazer, como descobrimos há pouco, precisamos de um longo tempo para estar lá, e, de qualquer modo, Ele precisa de um longo tempo para fazê-lo, porque nossa capacidade é tão pequena em comparação com a grande riqueza disso, que levará bastante tempo para que Ele o cumpra.
            Mais ainda: precisamos de alguém para nos dizer isso, que esteja familiarizado com os assuntos da famí­lia desde o princípio. Haverá alguém na família familiarizado com todos os negócios da casa desde o princípio e que terá empenho para nos mostrar ao redor e dizer-nos o que precisamos saber? Volvamo-nos a Provérbios 8, começando com o verso 22:
            "O SENHOR me possuía no início de Sua obra, antes de Suas obras mais antigas. Desde a eternidade fui estabelecida; desde o princípio, antes do começo da terra. Antes de haver abismos, eu nasci, e antes ainda de ha­ver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados; antes de haver outeiros, eu nasci. Ainda Ele não tinha feito a terra, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando Ele criava os céus, aí estava eu; quando traçava o horizonte sobre a face do abismo; quando firmava as nuvens de cima, quando estabelecia as fon­tes do abismo; quando fixava ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem os seus limites; quando compunha os fundamentos da terra; então eu estava com Ele e era Seu arquiteto".
            Agora, Ele é Aquele que disse a vocês e a mim, "Já não vos chamo servos", e sim de amigos, pois "o servo não sabe o que faz o seu senhor. . . . Tudo quanto ouvi de Meu PAI vos tenho dado a conhecer". Ele não só nos concede tempo para que no-lo conte, mas é Aquele que Se qualifica para contá-lo, porque ali tem estado desde o princípio. Ele conhece todos os negócios e declara que Se propõe a nada nos omitir. Bem, irmãos, isso demons­tra que Ele tem muita confiança em nós. Lerei uma palavra que veio na última correspondência da Austrália e vocês reconhecerão a voz:
            "Não só é o homem perdoado mediante o sacrifício expiatório, mas pela fé ele é aceito mediante o Ama­do. Retornando a sua lealdade para com DEUS, cuja lei tem transgredido, ele não é meramente tolerado, como honrado como um filho de DEUS, membro da família celestial. Ele é um herdeiro de DEUS e co-herdeiro com JESUS CRISTO".
            Mas é tão natural pensar a respeito de nós mesmos que Ele deveras somente nos tolera quando cremos em JESUS; pensar que por forçá-lo a fazer isso Ele pode suportar nossos descaminhos um pouco mais, se por al­gum modo podemos nos tornar suficientemente bons de modo a que Ele possa gostar de nós o suficiente para ter confiança em nós. Digo, é tão natural colocar-nos nessa posição. E Satanás está tão pronto para falar-nos nesse sentido e conseguir pôr-nos nessa posição.
            Mas o SENHOR não deseja que fiquemos hesitantes e duvidosos quanto a nossa posição diante Dele. Não, em absoluto. Ele declara: "Quando credes em Mim, quando Me aceitais, sois aceitos em Mim, e não Me propo­nho a tolerar-vos, meramente tentar conviver convosco. Proponho-me a depositar confiança em vós como num amigo e levar-vos aos concílios de Minha vontade e dar-vos uma parte em todos os negócios da herdade. Nada há que proponha omitir-vos". Isso é confiança.
            Tenho ouvido pessoas dizerem que estavam gratas pela confiança que tinham no SENHOR. Não tenho obje­ções a isso, mas não creio tratar-se de uma grande realização ou algo digno de qualquer grande elogio que eu deva ter confiança num tal Ser como o SENHOR, considerando quem eu sou e Quem Ele é. Não creio ser uma grande virtude de minha parte ter confiança no SENHOR. Mas é um fato admirável que Ele tenha confiança em mim. É nisso que firmo minha admiração. Vendo quem Ele é e o que eu sou, e então vendo que Ele me levanta e me diz em palavras claras o que Se propõe a fazer comigo e quão intimamente me leva junto a Si e que confiança deposita em mim--isso é maravilhoso. Considerando este fato, sob qualquer ângulo, digo que é algo admirável para mim e que me inspira gratidão que DEUS tenha confiança em mim. Que Ele possa ter qualquer confiança em nós, este é um fato extraordinário, mas a verdade é que não há limite para Sua confiança em nós.
            A partir dos textos que lemos podem ver que não há limite para Sua confiança em nós. Haverá qualquer limite para a confiança de um homem num amigo a quem ele leva para casa, torna um membro da família, e des­venda-lhe os seus próprios segredos familiares? Vocês sabem que é a última coisa que um ser humano alcançaria em termos de confiança e amizade entre os seres humanos, que os segredos da família devam ser-lhe revelados e que seja a eles introduzido. Quando um homem põe outro em contacto com seus próprios assuntos domésticos e com os segredos de sua família, isso demonstra que esse homem não tem limites para o grau de confiança no ou­tro indivíduo. Contudo, este é precisamente o modo em que o SENHOR trata o crente em JESUS.
            Esse outro homem pode trair a sagrada confiança que este homem depositou-lhe, mas isso não altera o fato de que tal confiança foi-lhe depositada. Assim, podemos falhar em nossa apreciação da confiança que DEUS depositou em nós e os homens podem na verdade trair o depósito sagrado, mas o ponto é que DEUS não pergunta se iremos fazê-lo ou não. Ele não nos toma sob suspeita nem meramente nos tolera. Ele declara: "Vinde a Mim". Vós sois aceitos no Amado. Deposito confiança em vós. Vinde, sejamos amigos. Vinde à casa pois este é o vosso lugar. Sentai-vos à mesa e comei ali. Doravante sois da família, em igualdade de condições com os que sempre aqui estiveram. Ele não nos tratará como um servo, mas como um rei e nos tornará conhecido tudo quanto há para saber.
            Irmãos, não irá isso atrair nossa gratidão e amizade para com o SENHOR? Não O trataremos mais como Ele nos trata? Não permitiremos que essa confiança exerça seu efeito sobre nós e nos leve a submeter-nos a Ele e a nos provarmos dignos dessa confiança? Na realidade, nada há que tanto atraia um homem em termos de seu autoconceito do que ter revelada confiança nEle. A suspeição nunca O ajuda.
            "Vós sois meus amigos se fazeis o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de Meu PAI vos tenho dado a co­nhecer".
            Agora o capítulo dezesseis e verso doze: "Tenho ainda muito o que vos dizer". A quem? Não limitemos isso lá no passado, aplicável àqueles discípulos. Refere-se a vocês e a mim, aqui e agora. Não nos ergueu Ele dentre os mortos? Não nos concedeu Ele vida com JESUS CRISTO? E "juntamente com Ele" não nos elevou Ele para o alto, assentando-nos à Sua mão direita no céu? "Tenho ainda muito o que vos dizer". Quem tem? JESUS. "Mas vós não podeis suportar agora". Muito bom. A eternidade me dará lugar para crescer em conhecimento e enten­dimento de modo a que os possa suportar. Não precisamos apressar-nos.
            "Quando vier, porém, o ESPÍRITO da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo". Isto é, Ele não falará por Sua iniciativa. Não se trata de que não falará a Seu próprio respeito; não é esse o pensamento. É verdade que Ele não falará a respeito de Si próprio; mas o pensamento aqui é que Ele não falará como sendo de Sua própria iniciativa. Ele não Se destaca para propor dizer algo como sendo de Si mesmo. Pois Ele disse: "As palavras que vos digo, não as digo de Mim mesmo". "O PAI que Me enviou, esse Me tem prescrito o que dizer e o que anunciar". João 12:49. E assim como JESUS não Se estabeleceu para dizer algo como sendo de Si próprio, mas o que havia ouvido do PAI isso declarou; igualmente o ESPÍRITO SANTO não fala de Si mesmo; mas o que o ESPÍRITO de DEUS ouve, isso fala.
            "Porque não falará por Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir".
            Muito bem. Aqui estamos nós, pertencentes à família celestial. JESUS é aquele que tem estado na família desde o princípio e a Ele somos confiados, e Ele é o que nos dirá todas essas coisas. E está escrito, como sabem, que "seguem o Cordeiro onde quer que Ele vá". Bom! Ele tem algo para nos dizer, e tem algo para nos revelar e nos concede o ESPÍRITO SANTO como Seu representante pessoal, trazendo-nos Sua presença pessoal, para que por esse meio possa revelar-nos essas coisas, que por Ele pode nos falar o que tem para dizer.
            Ele "vos anunciará coisas que hão de vir. Ele Me glorificará porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar".
            Agora, por que JESUS declarou que o ESPÍRITO SANTO tirará de Si para mostrar-nos? Porque "Tudo quanto o PAI tem é Meu; por isso é que vos disse que há de receber do que é Meu e vo-lo há de anunciar". Quantas coi­sas há que o ESPÍRITO SANTO deve revelar-nos? Todas as coisas. Todas as coisas de quem? Todas as coisas que o PAI tem. Nada é omitido.
            Agora recorramos a I Cor. 2:9-12:
            "Mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que DEUS tem preparado para aqueles que O amam".
            Somos herdeiros de DEUS e co-herdeiros com JESUS CRISTO, e DEUS O designou "Herdeiro de todas as coi­sas". "Todas as coisas", portanto, que o universo contém Ele tem preparado para os que O amam. Todas as coisas que o PAI tem, Ele preparou para aqueles que O amam. Isso, por si só, deveria induzir-nos a amá-Lo. Mas como os olhos não viram nem os ouvidos ouviram, nem entrou jamais no coração do homem, essas grandes coisas, como, então, podemos saber a respeito delas? Ah! "DEUS no-las revelou pelo Espírito; porque o ESPÍRITO a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de DEUS".
            Por que penetra Ele nas coisas profundas de DEUS? Para trazê-las ao nosso conhecimento. Elas são muito profundas para nós. Se o SENHOR no-las abrir e disser: "Entrai ali e descobri tudo quanto puderdes", não podería­mos encontrá-las. São muito profundas, mas Ele não nos deixa assim. Ele Se propõe a no-las revelar, portanto coloca-as todas nas mãos de JESUS, que teve convivência com Ele e que é um de nós, e JESUS CRISTO no-las revela mediante o Seu Espírito.
            "Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito que nele está? assim também as coisas de DEUS ninguém as conhece, senão o ESPÍRITO de DEUS. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e, sim, o ESPÍRITO que vem de DEUS".
            O que diz Ele? Temo-las recebido. Sejamos-Lhe gratos por O termos recebido. Ora, vi outro dia uma linha do Testemunho de JESUS, de que alguns estão aguardando o tempo em que o ESPÍRITO deve ser derramado. É dito que o tempo é "agora", e que devemos pedi-Lo e recebê-Lo agora.
            A descida do ESPÍRITO SANTO sobre a igreja é vista como algo futuro; mas é privilégio da igreja recebê-Lo agora. Buscai-O, pedi-O, crede nEle.
            Ele diz: "Recebei o ESPÍRITO SANTO". "Assim como o PAI Me enviou, Eu vos envio". "Agora tendes rece­bido . . . o ESPÍRITO que procede de DEUS". Não nos temos submetido a Ele? Não temos nos entregado inteiramen­te a Ele? Não Lhe temos aberto o coração para receber a mente de JESUS CRISTO, a fim de que possamos conhecer Aquele que é verdadeiro e estar nAquele  que é a verdade, no Seu Filho JESUS CRISTO? E este é o verdadeiro DEUS e a vida eterna. Sendo assim, então "porque sois filhos, DEUS enviou o ESPÍRITO de Seu Filho aos vossos corações". Ele o enviara; Ele assim o diz. Portanto, agradeçam-Lhe  por ter Ele o ESPÍRITO SANTO e "recebei o ESPÍRITO SANTO". Recebei-O com gratidão e permiti que o ESPÍRITO nos use, em vez de esperar e ansiar receber al­guma maravilhosa demonstração exterior que nos dará um sentimento que nos leve a imaginar: "Oh, agora eu posso realizar grandes coisas". Isso nunca lhe virá dessa maneira. Se o ESPÍRITO SANTO deve ser derramado sobre nós esta noite como ocorreu no Pentecoste, o homem que tivesse essa idéia não O receberia.
            Mas eu afirmo: Devemos revolucionar nossos pensamentos com respeito a isso e removê-lo de qualquer demonstração exterior para que possamos ver com os nossos olhos ou que nos dê um sentimento tangível pelo qual saberemos que temos o ESPÍRITO de DEUS e que seremos capazes de realizar grandes coisas.
            DEUS proferiu a palavra; Ele fez a promessa. Ele nos ressuscitou e nos assentou à Sua própria destra em JESUS CRISTO, e agora Ele diz: "Tudo vos está aberto e o ESPÍRITO ali está para mostrar-vos tudo e dizer-vos tudo que há para saber. Que mais podemos, então, pedir? O que mais podemos pedir dEle, para mostrar a Sua mente e Sua disposição de que teremos o ESPÍRITO de DEUS agora?
            Os céus estão esperando para concedê-Lo; o que se requer para recebê-Lo? Buscai-O, orai por Ele, crede nEle. Quando isso é feito não há nada que O retenha; quando isso é feito então tudo que Ele nos pede para fazer é "recebei o ESPÍRITO SANTO". Ele nos diz como recebê-Lo; é buscá-Lo, orar por Ele, crer nEle. E aquele que crê recebe. Se pedirmos segundo a Sua vontade, Ele nos ouve, e se sabemos que Ele nos ouve, sabemos que temos a petição que desejamos dEle.
            O ESPÍRITO de DEUS nos está guiando. O SENHOR nos tem guiado assim a Sua verdade. Ele nos ressuscitou para as alturas por Sua verdade que nunca conhecemos antes. Para que nos ergueu Ele para lá? Ele nos tem reve­lado o que é essencial. É renunciar ao mundo e a tudo para somente ter a DEUS, por toda a eternidade. Renunciar a todos os planos, todas as perspectivas, tudo sobre que sempre teve a mente concentrada. Renunciar ao eu e ao mundo, e a tudo o mais, e receber a DEUS e a nada prender-se a não ser a DEUS. Então estamos em JESUS CRISTO à destra de DEUS e todo o universo por toda a eternidade está aberto a nós e o ESPÍRITO de DEUS nos é dado para en­sinar todas essas coisas e tornar conhecidos os mistérios de DEUS a todos quantos crêem.
            Agora recebemos, não o espírito do mundo, mas o espírito que é de DEUS; para que possamos conhecer as coisas que nos são livremente dadas da parte de DEUS.
            Portanto, tomemos todos este texto como o nosso texto de gratidão, nossa oração, à qual dizemos amém. Efés. 3:14-21.
            "Por esta causa me ponho de joelhos diante do PAI, de Quem toma o nome toda a família, tanto no céu como sobre a terra, para que, segundo a riqueza da Sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o Seu ESPÍRITO no homem interior; e assim habite CRISTO nos vossos corações, pela fé, estando vós arrai­gados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o com­primento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de CRISTO que excede todo entendimento, para que se­jais tomados de toda a plenitude de DEUS. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o Seu poder que opera em nós, a Ele seja a glória, na igreja e em CRISTO JESUS, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém".
            E que todos para sempre digam, Amém e Amém.
            Paulo, apóstolo de JESUS CRISTO por vontade de DEUS, aos santos que vivem em Éfeso, e fiéis em CRISTO JESUS: (Efés. 1:1).

            Bendito o DEUS e PAI de nosso SENHOR JESUS CRISTO, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em CRISTO. (Efés. 1:3).

            De  convergir nEle, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra: (Efés. 1:10).

            Pois nEle vivemos, e nos movemos, e existimos, . . . Porque dEle também somos geração. (Atos 17:28).

            O qual exerceu Ele em CRISTO, ressuscitando-O dentre os mortos, e fazendo-O sentar à Sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro". (Efés. 1:21).
           
            E juntamente com Ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em CRISTO JESUS. (Efés. 2:6).

            Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS. (Fil. 2:5).
            Ora, todos quantos querem viver piedosamente em CRISTO JESUS serão perseguidos. (2 Tim. 3:12).

            Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ove­lhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio dAquele que nos amou. Porque Eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de DEUS que está EM CRISTO JESUS NOSSO SENHOR. (Rom. 8:36-39).
            E nós conhecemos e cremos o amor que DEUS nos tem. DEUS é amor, e aquele que permanece no amor permanece em DEUS, e DEUS nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que no dia do juízo mantenhamos confiança; pois SEGUNDO ELE É, TAMBÉM NtS SOMOS NESTE MUNDO. No amor não existe medo; an­tes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. (I João 4:16-18).




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