Sermão nº 4 apresentado na
reunião da Conferência Geral de 1895
A.T. Jones
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Cidadania celestial, Condição de Embaixador e Princípios do Reino -- A
Base Escriturística para a Advertência da Mensagem do Terceiro Anjo Contra a
Besta, Sua Imagem, Sua Marca e o Mundo.
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Temos
considerado a evidência que nos revela a existência e ativa operação tanto da
besta e sua imagem nos Estados Unidos--que mesmo agora estão se empenhando pelo
poder supremo, poder governamental, para ser usado em impor a mesma coisa, a
marca da besta. Nossa mensagem é contra isso. "Se alguém adora a besta e a
sua imagem, e recebe a sua marca na fronte, ou sobre a mão, também esse beberá
do vinho da cólera de DEUS". Não é suficiente, porém, que digamos às pessoas que o caminho que
estão seguindo é errado, a menos que lhes revelemos que assim é; não é
suficiente que o afirmemos, a menos que os levemos pelas Escrituras a verem-no;
e, portanto, a lição que estudaremos agora refere-se às razões por que tal
coisa é errada.
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O REINO
PRINCÍPIOS DE "CIDADANIA"
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Começaremos
com Filipenses 3:20:
"Pois a nossa pátria está nos céus, de onde
também aguardamos o Salvador, o SENHOR JESUS CRISTO".
Esta
é a declaração do SENHOR com respeito a cada cristão. Toda cidadania do cristão
está no céu. A Versão Autorizada [em inglês] assim reza:
"Nossa conversação está no
céu", mas essa palavra "conversação" não significa simplesmente
nossas palavras e a conversação que temos uns com outros ao falarmos a respeito
de assuntos corriqueiros, ou seja o tema que for, mas nosso modo de vida, nossa
conduta, nossa caminhada estão no céu.
Agora,
quanto a nossa cidadania, sendo que a cidadania de cada cristão está no céu, o
que qualquer cidadão do céu ou do governo celeste legitimamente tem a ver com
os assuntos políticos ou governamentais de qualquer outro governo ou qualquer
outro reino? De fato, o que tem um cidadão de qualquer governo legitimamente
que ver com as preocupações políticas ou administrativas de qualquer outro
governo?
Essas
pessoas sobre as quais temos estado lendo nas lições anteriores professam ser
cidadãos do reino celestial, professam ser aqueles cuja cidadania a Escritura
declara, está no céu, mas estão constantemente se envolvendo nas operações
políticas dos governos da Terra. Professam ter uma cidadania celestial,
contudo, manipulam os negócios do reino terrestre! Professam ser cidadãos do
Reino de DEUS, no entanto propõem regular os negócios dos governos dos homens.
Mas isso é algo que nunca poderá ser legitimamente feito.
Se
um cidadão da Grã-Bretanha viesse aos Estados Unidos, ainda retendo a sua
cidadania no governo da Grã-Bretanha, e devesse tomar parte, ou tentar tomar
parte, nos negócios políticos desse governo, sua ação nesse aspecto seria
ressentida por todo cidadão dos Estados Unidos. Não importa com que partido
deseje aliar-se e trabalhar; eles não o deixariam. Diriam a ele, que não é de
sua conta. Você não tem parte aqui. Você é cidadão de outro governo. Se as leis
deste país não lhe servem, e se as coisas não lhe servem, deixe-as em paz, ou
mude sua cidadania do governo a que pertence, e transfira para cá sua
cidadania, e daí comece a discutir as leis e como elas devem ser feitas e como
deveriam ser.
Você
sabe que isso é assim. Você sabe que este é o modo por que um cidadão de outro
país deveria ser tratado por todos os cidadãos deste país se se pusesse a
manipular, controlar, ou ter qualquer parte nas preocupações políticas deste
país. Isso não significa negar-lhe o direito de viver aqui; ele pode fazê-lo,
mas todos realmente negam-lhe o direito, e sua própria cidadania em outro país
nega-lhe o direito de ter algo a ver com a cidadania deste país ou com as
questões políticas deste país.
Sendo
que a cidadania cristã está no céu, isso por si só, o próprio princípio disso,
proíbe-o de tomar parte em qualquer das preocupações políticas de qualquer
outro governo, mesmo que seja o governo dos Estados Unidos. E assim é. Existe
na própria natureza do caso. Jaz no próprio princípio de cidadania.
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O Reino
O Princípio do Papel de "Embaixador"
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Para
não demorar-me muito num único texto, conquanto cada texto a ser lido contenha
tudo que é necessário, volvamo-nos a seguir para 2 Coríntios 5:20:
"De sorte que somos embaixadores em nome de
CRISTO, como se DEUS exortasse por nosso intermédio. Em nome de CRISTO, pois,
rogamos que vos reconcilieis com DEUS".
Isto
não se aplica somente ao ministro ordenado, pois todos que recebem a graça de
DEUS devem ministrá-lo; são ministros dessa graça. Assim, está escrito:
"Como todo homem recebeu o dom, de tal modo ministra uns aos outros, como
bons mordomos da multiforme graça de DEUS". Mesmo que se restringisse ao
ministério, este texto não estaria fora de lugar neste contexto, porque é o
ministério que toma a frente em toda essa obra da besta e sua imagem e está no
controle de todo o movimento, levando as pessoas sob sua direção nesses
caminhos desviados e malignos.
Portanto,
"somos embaixadores de CRISTO". Um embaixador é alguém enviado, e
acreditado por um governo como o representante desse governo junto a outro
país. Agora o princípio da diplomacia o proíbe de qualquer interferência que
seja com as preocupações políticas do governo junto ao qual está acreditado. Se
o embaixador britânico junto aos Estados Unidos que está hoje à noite em
Washington--ou o embaixador da França ou de qualquer outro país--expressar uma
opinião sobre as questões políticas deste país, ou nelas tomar parte, seu soberano
seria imediatamente notificado de que ele não é mais uma pessoa aceitável aqui,
e seria chamado para retirar-se da posição de embaixador neste país.
Isso
foi feito pelo menos duas vezes, segundo me recordo. Numa das administrações de
Grant, o ministro russo para este país tocou de modo bem leve em algumas
questões políticas, um fato até insignificante no que se refere a qualquer
efeito de mudança de política. Contudo, ele foi enviado de volta deste país
imediatamente. Na campanha entre Cleveland e Harrison, da primeira vez,
lembram-se como o ministro britânico junto a este país, Sackville-West, recebeu
uma carta de um Sr. Murchson, da Califórnia, que tencionava ser um cidadão
britânico, fosse isso correto ou não. Na carta havia algumas perguntas e
observações a respeito de questões então atuais a respeito da campanha
presidencial. O ministro britânico respondeu a carta e expressou uma opinião. A
carta foi publicada e um despacho foi imediatamente remetido à corte britânica,
requerendo que fosse chamado de volta, e ele o foi.
Estes
exemplos são mencionados meramente para ilustrar os reconhecidos princípios de
diplomacia entre as nações, entre os homens.
"Somos
embaixadores de CRISTO". Esses líderes eclesiásticos que estão formando a
besta e sua imagem professam postar-se no lugar de CRISTO e serem seus
embaixadores, contudo não só expressam opiniões, mas estabelecem leis,
manipulam campanhas, moldam políticos, e orientam todo o roteiro político dos
governos entre as nações, e as pessoas junto às quais estão acreditados, e
assim violam o primeiro, o último, e todo princípio envolvido na diplomacia.
Aqui
estão duas razões distintas dadas nessas duas claras passagens, o mesmo
princípio expresso em duas formas que demonstram que o curso de ação desses
professos cidadãos do reino celestial, esses professos embaixadores de CRISTO,
é absolutamente equivocado. E nossa pregação da mensagem e advertência contra o
culto da besta e sua imagem, contra os males que são simplesmente resultado da
violação dos princípios aqui expostos--nossa oposição a isso, nossa advertência
contra isso, deve ser um dos princípios, e não meramente em teoria, não de
política. A menos que a nossa proclamação contra ela seja fundamentada sobre
princípio e seja leal ao princípio, nossa proclamação resultará em nada. Se em
teoria apenas declaramos ser errado e fazemos a proclamação contra isso, mesmo
com as palavras da Escritura mas na prática violamos o princípio, nossa
proclamação resultará em nada. Assim, nossa ligação com isso deve ser com o
princípio e isso em princípio e em lealdade ao princípio a partir do
coração--não em teoria, nem com ela meramente concordando. Os princípios de
JESUS CRISTO falam ao coração. Eles se apossam do coração e são de valor somente
quanto tomam posse de coração. Se não tomarem posse do coração, o homem que
professa esses princípios os violará em suas ações, ainda que seja um
Adventista do Sétimo Dia.
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Regra ou Princípio de Dominação do Reino
(Em busca de "posição" e "autoridade")
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"Nossa
pátria está no céu", e mais do que quaisquer povos, "nossa pátria
está no céu, de onde também aguardamos o Salvador, o SENHOR JESUS CRISTO".
Novamente,
João 18:36:
"O Meu reino não é deste mundo. Se o Meu
Reino fosse deste mundo, os Meus ministros se empenhariam por Mim, para que não
fosse Eu entregue aos judeus".
Se
o Seu Reino fosse deste mundo, então por que reino os Seus servos se
empenhariam? Por um reino deste mundo. Por que reino iriam contender? Por que
reino iriam trabalhar? Pelo reino deste mundo. Então o homem que luta por um
reino deste mundo, que contende por supremacia e poder no reino deste mundo,
nega a Sua ligação com o reino de JESUS CRISTO, pois o Seu reino não é deste
mundo. Mas é isto que esses homens estão fazendo ao liderarem este movimento
sobre o qual temos lido nas duas lições precedentes. Buscam obter posse dos
reinos deste mundo, dirigir os governos deste mundo, lutar, realmente lutar,
pelos governos deste mundo, trabalhar para se porem em posições de destaque e
relacionamentos de governos mundanos, e, portanto, proclamam com a mais forte
voz que possam utilizar que são deste mundo e não do reino de CRISTO, em
absoluto.
Outra
passagem em ligação com a mesma coisa se acha em Lucas 22: 24-26:
"Suscitaram também entre si uma discussão
sobre qual deles parecia ser o maior. Mas JESUS lhes disse: Os reis dos povos
dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores. Mas
vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja como o menor; e
aquele que dirige seja como o que serve".
Houve
também contenda entre eles sobre quem deles deveria ser o maior no reino que
esperavam ser estabelecido sobre a Terra--o reino que esperavam que CRISTO
estabelecesse e que entendiam ser um reino deste mundo, no qual teriam uma
posição. Houve dissensão entre eles sobre quem deveria ser contado como o
maior, e qual deles deveria ter a mais elevada posição nesse aguardado reino.
Era uma idéia equivocada, certamente, com respeito ao reino, mas a lição que
Ele lhes deu a respeito disso é aplicável em todos os casos semelhantes.
"Os reis dos povos dominam sobre eles, e os
que exercem autoridade são chamados benfeitores".
Feitores,
agentes, benfeitores, agentes do bem! É isso que esses líderes eclesiásticos
agora professam ser; agentes do bem para a nação, para o povo; estarem
trabalhando pela redenção das cidades, estados e nações--assim seriam agora
chamados benfeitores. "Mas não será assim entre vós". Assim como?
Esses exercem senhorio e autoridade sobre eles. "Não será assim entre
vós". Onde? Por que, não exercereis autoridade e senhorio uns sobre os
outros na igreja, no local em que pertenceis. Que dizer, então, do exercício de
autoridade e senhorio sobre pessoas num lugar a que não pertence em absoluto?
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O Princípio da Separação dos Reinos
O verdadeiro domínio da teologia:
O Reino da Luz versus o Reino das
Trevas
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Outro
verso em ligação com o que tivemos há pouco, "O Meu Reino não é deste
mundo":
"Dando graças ao PAI que vos fez idôneos à
parte que vos cabe da herança dos santos na luz. Ele nos libertou do império
das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor". Col.
1: 12,13.
O
que desejamos estudar aqui é o contraste entre esta luz e as trevas. "Ele
nos libertou do império das trevas". Este é simplesmente o poder que as
trevas exercem sobre nós, mas a idéia é, livrou-nos do domínio, do senhorio, do
governo das trevas; trouxe-nos para fora da jurisdição do poder das trevas, e
"nos transportou para o reino do Filho do Seu amor".
Agora
lemos em Efés. 6:10-12:
"Quanto ao mais, sede fortalecidos no SENHOR
e na força do Seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de DEUS, para poderdes
ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o
sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os
dominadores deste mundo tenebroso".
Aqui
está definido o domínio, o senhorio, e a autoridade que rege as trevas deste
mundo. Agora devemos contender contra isso. E somente aqueles que podem fazê-lo
com êxito são os que foram libertados do poder dessas trevas, e transportados
para o reino do Filho do Seu amor.
Com
isto não estou dizendo que os reis e outros governantes dos governos políticos
deste mundo são o "império das trevas" referido no texto. A passagem
não é citada para esse fim. Os do "império das trevas" mencionados
neste ponto sabemos todos representar os poderes espirituais das trevas. Mas o
texto declara que esses poderes espirituais são os governantes das trevas deste
mundo. E demonstra, portanto, que este mundo é estas trevas e dessas trevas,
indicando, assim, que os reinos e governos sendo deste mundo somente são das
trevas e nelas estão. É por isso que o texto foi citado.
Agora,
leiamos Efés. 5:8: "Pois outrora éreis trevas". Quando? Ora, quando
estávamos sujeitos aos dominadores do "império das trevas", quando
estávamos em pecado.
"Pois outrora éreis trevas, porém agora sois
luz no SENHOR; andai como filhos da luz; (porque o fruto da luz consiste em
toda a bondade, e justiça, e verdade)".
Governos,
nações, organizações políticas são deste mundo somente; pertencem somente a
este mundo. E o mundo está sob o domínio das trevas. "As trevas cobrirão a
Terra e densa escuridão os povos". São os governos e municipalidades do
reino de DEUS ou deste mundo? Eles pertencem a este mundo e somente a ele. Este
é o lado das trevas.
Mas
aquele que é trasladado para fora das trevas para o Reino do Filho do amor de
DEUS pertence a outro mundo. Está ligado a outro mundo, e esse mundo na
verdade é o mundo celestial. A cidade a que pertence é a cidade celestial. Ali
está sua cidadania--no domínio e mundo da luz. Então que ligação tem o reino da
luz com os reinos de trevas? O que tem esse governo da luz e com o reino das
trevas? O que esse governo que está na luz e é da luz, tem a ver com governos
que estão nas trevas e são das trevas? O que aqueles que professam, como fazem
os Reformadores Nacionais, pertencer ao domínio da luz estão fazendo com o
reino da luz? O que têm esses legitimamente que ver com os negócios das trevas
e o governo e domínios que pertencem somente a este mundo de trevas? "Que
comunhão pode a luz ter com as trevas?" Essa pergunta cabe aqui. E o mesmo
pensamento é expresso bem aqui em conexão com o texto que estamos estudando.
Leiamos agora o contexto completo:
"Pois outrora éreis trevas, porém agora sois
luz no SENHOR; andai como filhos da luz; (porque o fruto da luz consiste em
toda a bondade, e justiça, e verdade), provando sempre o que é agradável ao
SENHOR. E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes,
porém, reprovai-as".
Quanto
do mundo deve ser abrangido sob o domínio da besta e sua imagem? O mundo todo.
Qual é nossa mensagem? "Se alguém adora a besta e a sua imagem". Esta
é nossa mensagem ao mundo. A quanto do mundo tal mensagem se dirige e se
aplica? A todo o mundo. Então, o que tem esta mensagem a cumprir senão exatamente
isto--não ser cúmplice "nas obras infrutíferas das trevas, antes,
porém", reprová-las. Será esta mensagem uma mensagem de reprovação a todos
que estão engajados na obra da besta e de sua imagem? Sim, ela o será.
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Assim
a obra da besta e sua imagem é violadora do princípio da cidadania do reino de
DEUS, ou qualquer outro reino; violadora do princípio do papel de JESUS cristo
como embaixador ou qualquer outro forma de embaixada; violadora do princípio
que JESUS CRISTO estabeleceu para Seus discípulos quanto à busca de posições de
autoridade; violadora de Seu princípio que separa o governo de DEUS dos
governos desta Terra--que separa a luz das trevas. É simplesmente uma tentativa
para fundir a luz com as trevas e é sempre e somente trevas que buscará fundir
o governo da luz com os governos das trevas.
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Há
vários outros textos que desejo ler. João 17:14 em diante, a oração de CRISTO
por Seus discípulos: "Eu lhes tenho
dado a Tua Palavra, e o mundo os odiou".
Em
outro lugar Ele lhes diz: "Se vós
fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do
mundo, pelo contrário dele vos escolhi, por isso o mundo vos odeia. Lembrai-vos
da palavra que Eu vos disse: Não é o servo maior do que Seu senhor".
João 17:19,20.
Agora
o verso 18 reza: "Se o mundo vos
odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, Me odiou a Mim".
Agora
dirijam-se a outro local e encontrarão a declaração de CRISTO: "Não pode o mundo odiar-vos, mas a Mim Me
odeia, porque Eu dou testemunho a seu respeito de que as suas obras são más".
João 7: 7.
Quando
a besta e sua imagem governam o mundo e aqui está um povo que testifica contra
ela, denunciando que suas obras são más, então o que se segue? Essas pessoas
serão odiadas. Mas se alguém não testificar ao mundo que suas obras são más,
irá o mundo odiar tal indivíduo? Oh, não, o mundo amará os que são seus.
Agora
leiamos o capítulo 17 de João, verso 14: "O mundo os odiou, porque eles não são do
mundo, como também Eu não sou".
Existe
o padrão; existe a medida da compaixão que testa nosso relacionamento com este
mundo. Este é JESUS CRISTO. "Eles não são do mundo, como Eu não sou do
mundo".
"Não peço que os tires do mundo, mas que os
livres do mal. Eles não são do mundo, como Eu não sou do mundo".
Agora
estão esses líderes eclesiásticos da Reforma Nacional professando não serem
deste mundo. Se tal profissão for verdadeira, eles agirão como JESUS CRISTO fez
quando estava neste mundo com respeito aos assuntos governamentais sobre a
Terra. É sobre isso que estamos falando agora. A besta e sua imagem são do
mundo. Se esses líderes eclesiásticos estiverem certos, se são da verdade, se
forem da verdade de CRISTO, então não mais são do mundo, e não mais
interferirão e tomarão parte nos assuntos deste mundo, ou buscarão o controle
em questões políticas, mais do que JESUS CRISTO o fez quando no mundo.
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O perfeito exemplo da autonomia de
Auto-Governo e Separação de Governos Mundanos -- O SENHOR JESUS CRISTO
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E
em que extensão Ele o fez? Ele nunca o tocou. Não haveria males em Seus dias
que careciam de ser corrigidos? Males em governos municipais? Males no governo
colonial? Males no governo imperial? Por que Ele não se dispôs a redimir
Jerusalém e Roma por maquinações políticas? Por que não o fez? Porque Ele não
era deste mundo. Então, tão certamente quanto esses estão nisso engajados,
demonstram que não são de CRISTO, nem da verdade de CRISTO, mas deste mundo. E
sendo deste mundo, contudo professam o nome de Cristianismo, buscando dirigir o
cristianismo no molde e forma deste mundo, e isso é anticristo. Leiamos um
texto em que temos uma declaração definida sobre este assunto. No livro de
Lucas, capítulo 12, verso 13 a 21:
"Nesse ponto, um homem que estava no meio da
multidão Lhe falou: Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança".
Eis
aqui um homem cujos pais haviam morrido, deixando uma herança. Parece que o seu
irmão não havia agido de modo justo com ele e apelou a JESUS para que falasse
com o irmão para que agisse corretamente sobre a questão. Em princípio JESUS
estaria agindo como um magistrado ou árbitro em assuntos deste mundo, com
respeito a coisas que pertencem ao governo deste mundo, sentar-se em julgamento
a respeito desse caso e decidir o que era direito e orientar as coisas nesse
sentido. É um caso que contém o
princípio todo envolvido nas evidências que lemos nos trechos oferecidos nas
duas lições prévias. "Mas JESUS lhe respondeu: Homem, quem Me constituiu
juiz ou partidor entre vós? Então lhes recomendou:" (Daí JESUS extrai uma
lição não só para aquele homem, mas para todos os demais):
"Tende
cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não
consiste na abundância dos bens que ele possui. E lhes proferiu ainda uma
parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. E
arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os
meus frutos? E disse: Farei isto: Destruirei os meus celeiros,
reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus
bens. Então direi à minha alma: Tens em depósito muitos bens para muitos anos:
descansa, come e bebe, e regala-te. Mas DEUS lhe disse: Louco, esta noite te
pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura
para si mesmo e não é rico para com DEUS".
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EMBAIXADA DO REINO
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Agora,
quanto à aplicação de outro ponto sobre embaixada: Os embaixadores são enviados
de um governo, de um reino para outro. Ele não é enviado para lá, como
descobrimos ao estudar o ponto anterior, para manipular, interferir, ou ter
qualquer coisa a ver com os assuntos do governo ou das pessoas à frente desse
governo. Ele é enviado a esse país, a esse governo, para servir aos interesses
de seu próprio governo, segundo surjam naquele governo ou país. É para tanto
que aqui ele se encontra.
Há
cidadãos britânicos nos Estados Unidos, e há neste país interesses que dizem
respeito à Grã-Bretanha, em ligação com seus súditos aqui. Aquele país manda os
seus embaixadores aqui, um representante nacional pessoal, para lidar com os
assuntos da Grã-Bretanha, segundo surjam no território deste governo. E para
essas coisas somente é que ele deve volver a atenção e dedicar tempo--aos
assuntos de seu próprio país, segundo surjam no país onde se acha.
Assim
é que JESUS CRISTO foi enviado como o embaixador de DEUS a este mundo. Ele
estava na terra da Judéia, o governo, o domínio e jurisdição de Roma. Foi-Lhe
solicitado atender a questões e assumir jurisdição em assuntos que pertenciam
àquele outro país. Mas em lugar de aceitar o convite, Ele se apegou às questões
relativas a Seu próprio país.
Pediram-Lhe
para agir como juiz e árbitro em coisas que pertenciam inteiramente ao governo
em cujo território se encontrava e onde o homem estava. Mas Ele não estava ali
para dar atenção a essas coisas. Ele ali se achava para dar atenção aos
assuntos do Reino de DEUS, as questões do governo que o enviara. E em vez de
cruzar a linha, e interferir com os assuntos pertencentes à jurisdição deste
mundo, Ele foi leal ao Reino a que pertencia, e ao Rei ao qual representava, e
nesse aspecto apegou-se estritamente e deu atenção cuidadosa aos assuntos
daquele governo do reino de DEUS, segundo surgiam naquele reino deste mundo.
DEUS
possui pessoas neste mundo. Ele tem interesses neste mundo. O Seu povo tem
interesses neste mundo. Isso é verdade. Portanto, DEUS tem embaixadores legais
neste mundo, mas eles aqui estão para dar atendimento aos assuntos do reino de
DEUS e do povo de DEUS, e aos assuntos do Reino de DEUS podem surgir no curso
das coisas neste mundo, e não absolutamente a quaisquer negócios dos reinos
deste mundo. E o embaixador por JESUS CRISTO que atravessa a linha e se põe a
dar atendimento às questões deste mundo, abandona o seu próprio governo, rompe
sua aliança com o seu próprio Rei, e ilegalmente invade a província de outro
governo. É por isso que a impiedade disso é tão grande; é por isso que a
violação desses princípios forma a imagem da besta, em segundo lugar.
Agora
desejo formular uma pergunta: Tomando somente os textos que temos estudado esta
noite e os princípios que a eles subjazem--não que são a eles levados, mas que
neles estão inevitavelmente embutidos -- tomando esses textos somente, e se
esses princípios da igreja tivessem sido estritamente seguidos, como foram por
JESUS CRISTO neste mundo, teria havido ou poderia jamais haver um papado?
Poderia ter havido uma coisa tal como a besta? Poderia, então, jamais haver uma
coisa tal como a imagem da besta? Não, senhor. Isso é evidentemente verdade.
Então,
com base nisso, como violação desses princípios inevitavelmente fizeram a besta
em primeiro lugar, a violação desses princípios em segundo lugar não fez
possivelmente coisa alguma mais do que a imagem da besta. Não foi devido ao
povo, os professos cristãos, no Império Romano serem piores do que quaisquer
outros professos cristãos que já existiram que se formou o papado; não foi
isso. Foi a violação dos melhores princípios que já se introduziu no mundo, que
fizeram a pior coisa que já existiu no mundo. E quando DEUS chamou o mundo
para Si mesmo pelos princípios do cristianismo, mediante a obra da Reforma e
uma vez mais estabeleceu os princípios do cristianismo em contraposição à
besta, isso fez do Protestantismo o que ele é. E quando esses professos
Protestantes violam esses princípios, produz idêntico resultado, na perfeita
imagem da coisa original que foi feita primeiramente pela violação dos
princípios.
Assim,
tem sido demonstrado perante o mundo inteiro nessas duas ocasiões, que a
violação desses princípios revelou-se nos versos que lemos e nada podem mais
fazer do que amaldiçoar o mundo com o próprio espírito papal bestial. Então,
que coisa deve mais ser evitada por todos aqueles que se identificam com o nome
de CRISTO? É a violação desses princípios, e isso se aplica mesmo aos
adventistas do sétimo dia, e o que se tem a fazer é ligar-nos eternamente aos
princípios e mantê-los porque tais princípios violados pelos adventistas do
sétimo dia produzirão as operações do papado, bem como as dos protestantes e
católicos.
Assim,
novamente digo, não foi por que os professos cristãos do Império Romano fossem
piores do que quaisquer outros povos sobre a Terra que o papado se tornou tão
mau quanto é. Não é porque os líderes das igrejas protestantes neste país são
piores do que outras pessoas que a imagem da besta foi feita e está
desenvolvendo suas cruéis ações, mas é devido a que essas pessoas violam os
princípios que foram estabelecidos para o bem do mundo, e a violação deles nada
mais pode fazer do que amaldiçoar o mundo. E se são violados até pelos adventistas
dos sétimo dia, será uma maldição -- seja onde forem praticados.
Um
ponto mais, e então encerraremos esta lição por volta da metade de João 17:9:
"É por eles que Eu rogo". Ou seja, os Seus discípulos, sobre os quais
Ele disse ao PAI terem-Lhe sido dados do mundo. "Rogo por Eles, não rogo
pelo mundo". Então pode o homem cujas afeições e atenção, atividades e
labores concentrarem-se neste mundo e nos assuntos deste mundo beneficiar-se
com essa oração? Não senhor. "É por eles que Eu rogo; não rogo pelo
mundo", mas por aqueles que Me deste, porque são Teus". Dados a Mim a
partir do mundo. Tirados do mundo. Dados a Mim, rogo por eles; não pertencem
ao mundo, assim como também não sou do mundo. Então cada homem que deseje obter
o benefício dessa oração deve separar-se do mundo, das coisas deste mundo, dos
negócios deste mundo--suas afeições devem apartar-se de tudo que esteja no
mundo ou dele seja, tão certa e inteiramente como o próprio JESUS CRISTO, pois
"eles não são do mundo como Eu do mundo não sou".
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