A mensagem de Waggoner e Jones

Todos os sermões e livros escritos sobre Waggoner e Jones em português que a Igreja Adventista do Sétimo Dia e a IASD movimento de reforma escondem de seus membros.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O QUE É SAIR DE BABILÔNIA?


Sermões nº 10 apresentado na

reunião da Conferência Geral de 1895
A.T. Jones

O QUE É SAIR DE BABILÔNIA?

O QUE SIGNIFICA DEIXAR O MUNDO?


            Pelo que entendo, alguns pensam que eu não falei o suficiente sobre vestuário na noite passada. Julgo que talvez assim seja, porque é bem provável que os que pensam que eu não falei suficientemente sobre vestuário se alegrariam se eu tivesse falado sobre os que se vestem adequada e mesmo elegantemente, enquanto eles próprios pensam que estão bem.
            Há pessoas que, quando vêem alguém bem vestido logo toma isso como evidência de orgulho. Mas é tan­to evidência de orgulho quando alguém se gaba de seu descuido ao vestir, quanto ao orgulhar-se de sua aparência. Tenho visto pessoas que se orgulhavam de seu desleixo. Tenho visto pessoas orgulhosas de sua falta de orgulho. Agradeciam a DEUS por não serem orgulhosos. Mas eram.
            Talvez por essa razão eu não falei o suficiente sobre vestuário antes, e portanto eu acrescentaria isto, de que os que se orgulham por sua falta de orgulho e nesse orgulho julgam-se certos, quando poderiam e deveriam vestir-se melhor ou mais adequadamente do que o fazem, fariam bem em corrigir-se e atingir um padrão mais elevado.
            Contudo, não estava falando sobre vestuário. Esse não era o tema. Estava falando sobre sair de Babilô­nia. Estou falando contra a idolatria, que grande sacrilégio é, e quão abominável é a adoração de ídolos.
            Tínhamos atingido no terceiro capítulo de 2 Timóteo a palavra "blasfemadores"'. Não podemos apanhar cada uma dessas palavras individualmente, mas há palavras ao longo daquela lista que merecem ser destacadas por nós. Uma dessas é "ingratos". Nestes últimos dias as pessoas, tendo uma forma de piedade sem o seu poder, se­rão ingratas. Ser ingrato é não ser grato. Grato significa cheio de gratidão. Como se dá com você? Em que condi­ção se acha? Você professa a religião; professa santidade. Você está repleto de gratidão? Ou é grato quando tudo corre bem e lhe convém? Mas quando as coisas não saem de acordo com os seus interesses, então você tem dúvi­das, é impaciente e fica a imaginar-se como isso terminará para você. Está descontente e ingrato quando tal e tal coisa acontece? É você às vezes grato e às vezes ingrato? Se eu às vezes sou grato e outras vezes ingrato, então serei grato? Não. "Foge também destes".
            Os que têm uma forma de piedade sem o seu poder têm os seus altos e baixos, segundo os sentimentos. Mas DEUS não deseja que nenhum cristão tenha altos e baixos em absoluto, somente altos. Ele nos anima; isto é, nos dá vida e nos eleva dentre os mortos para início, e tenciona que prossigamos até nos determos na mão direita de DEUS.
            Tomemos outra figura: Somos plantados. Somos chamados árvores--árvores de justiça--enraizados e fir­mados no amor de DEUS, e espera-se que essa árvore cresça mais e mais. Não crescer, e daí recuar. Como me disseram na Flórida, quando lá estive no último outono, algumas de suas laranjeiras ficam "mortiças". Elas cres­cem depressa, superando em altura todas as demais árvores, e então ficam como mortas, quase até ao nível do chão. No ano seguinte novamente crescem rápido, superando em altura todas as árvores e outra vez ficam como mortas. Mas esse não é o tipo de árvore que DEUS tem em Sua horta. Ele planta árvores de justiça e espera que elas não fiquem nesse alto e baixo, crescendo rapidamente e quase mortas depois, mas deseja que cresçam, so­mente cresçam.
            "Irreverentes": Todos sabemos o que somente torna algo santo--a presença de JESUS CRISTO. A presença constante de DEUS somente pode tornar qualquer lugar ou qualquer coisa santa. Mas os que têm apenas aparência de piedade sem a presença de DEUS são necessariamente irreverentes. E esta passagem declara: "Foge também destes". Se eu sou irreverente, desse tal devo fugir; isso é, fugir de mim mesmo. O único lugar a que podemos fugir de nós mesmos é junto a DEUS. E isso traz a permanente presença de DEUS, o que torna santo e santifica.
            "Desafeiçoados": Como você trata os filhos? Logicamente nossos filhos não são perfeitos; eles não são nascidos santinhos, porque são nossos filhos. Descobrimos muitas coisas esquisitas sobre eles em sua conduta, isso é verdade. Mas, ainda assim, como os tratamos? Como chegaram a trilhar esses caminhos tortuosos? Como assimilaram aquelas coisas vis? A gente ouve muitas pessoas dizerem de certos atos ou traços de caráter numa criança: "Bem, essa criança está sendo autêntica com isso". Sim, isso é verdade. De fato, haverá algo que a cri­ança manifeste que não lhe seja autêntico? Logicamente que não, pois a criança não trouxe a si mesmo ao mundo. Não estou em nenhum sentido dizendo que se devam permitir tais traços sem controle. Mas ao corrigi-los deve­mos tratá-las como se fossem inteiramente responsáveis por eles? Ou consideraremos que nós próprios somos res­ponsáveis em certa medida por eles? Como será conosco, "desafeiçoados" ou admitiremos que temos algo a ver com isso? Permitiremos que a coisa ali esteja naturalmente e atue dessa forma, não somente com afeto mas com a afeição da graça divina?
            "Implacáveis": Uma trégua se estabelece quando dois exércitos estão em guerra. Uma bandeira é enviada por um lado ou outro--que se chama bandeira de trégua. Uma trégua é uma pausa em meio à guerra, uma inter­rupção de hostilidades. Pode dar-se para o sepultamento dos mortos. Pode dar-se para uma conferência visando à paz. Pode dar-se por uma razão ou outra, mas uma trégua é uma interrupção de todo combate e toda disputa por aqueles que haviam estado anteriormente em guerra. Se for para o sepultamento dos mortos, eles podem misturar-se entre si, sentar-se e conversar, tudo em perfeita paz. Mas quando a trégua termina, a guerra recomeça. A Es­critura declara (Tito 3:2,3): "Não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia para com todos os homens". Há uma trégua agora. Mas o que se dava antes? "Pois nós também ou­trora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em ma­lícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros". Era assim que costumava ser; e aquele que odeia quebrantou o mandamento que diz: "Não matarás". Anteriormente havia disputas, inveja, ciúmes, malícia, ódio e maledicên­cia e coisas tais. Assim se dava antes. Agora encontramos a CRISTO--ou professamos fazê-lo--e isso inspira paz, e esta é a trégua. Isso é aceito entre os cristãos, entre os que chamaram ao nome de CRISTO.
            Portanto, após apelar ao nome de CRISTO e professar ser dEle, o homem que se dedica a qualquer malícia, inveja, ódio, maledicência, disputas--o que é ele? É um implacável [irreconciliável, segundo Almeida Antiga]. É você um desses? "Foge também destes".
            "Caluniadores": A próxima expressão vem inevitavelmente, "implacáveis, caluniadores". E o termo gre­go traduzido por "caluniadores" é diaboloi, diabos, porque o termo grego para o diabo é diabolos--o acusador, o principal de todos os acusadores entre os que acusam. Lembram-se de Apocalipse 12, que declara dele: "foi ex­pulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia, e de noite, diante do nosso DEUS". Isso refere-se ao próprio diabo--o acusador principal. E aqui na palavra que estamos estudando, é expressa no plural--diabo­loi--diabos. Isto é, eles seguem os caminhos do diabo, o acusador-chefe, e assim são chamados diabos, também falsos acusadores. Agora não os estou chamando de diabos. Estou chamando a atenção de vocês ao fato de que o SENHOR os chama de diabos. Os caluniadores. Você é um deles?
            Agora estamos estudando Babilônia e o sentido de sair de Babilônia. Tenho uma pequena citação aqui que oferece alguma idéia de como é realmente estar em Babilônia, onde a mãe das prostitutas está, onde Babilô­nia, a mãe se assenta--na própria Roma. E será esta uma ilustração do que isso significa aqui e o que é assinalado nas palavras "implacáveis" e "caluniadores".
            O Cardeal Gibbons no ano passado, pouco depois de retornar de Roma, concedeu uma entrevista ao cor­respondente do New York World, e a entrevista foi reproduzida no Catholic Standard no mês de outubro de 1894, e eis uma declaração da entrevista:
            "Ao falar, sua eminência pesa suas palavras elegantemente. Conquanto ele não tenha sombra de reserva quando está tratando com pessoas em quem confia, é cuidadoso na expressão de seus pontos de vista. Uma vez ele me assegurou que o prazer que obtinha de ver Roma era grandemente diminuído pela necessidade de conservar uma guarda sobre os lábios. 'No estranho clima de Roma', ele explicava, 'suas palavras mais leves são apanha­das, comentadas e mal-interpretadas'. 'Estou acostumado a dizer o que penso, clara e diretamente, em nosso esti­lo americano', acrescentou ele".
            Mas em Roma ele não podia agir assim. Como é em Battle Creek? Como é em Oakland? Como se dá em College View? Como se dá na igreja que você freqüenta? Tem essa perfeita confiança como para com um irmão com todos os demais a quem fala, que nenhuma palavra é apanhada, comentada e mal-interpretada? Ou existe tal coisa de apanhar palavras, tornando um homem um ofensor por uma palavra? Não tomar tempo para entender o que ele disse, não saber se ouviu distintamente o que se disse, você apreendeu algum tipo de som indefinido e não lhe pareceu muito bem. Então precisa correr ao Presidente da Associação ou algum outro irmão em posição im­portante para narrar-lhe. "Oh, o irmão tal e tal disse isto e aquilo. Como podem tê-lo no ministério? Como podem sustentar um homem que mantém tais doutrinas?" Já viram acontecer algo assim? Eu simplesmente faço essas perguntas. Vocês podem decidir.
            "Você pode dizer se é assim ou não em Battle Creek ou qualquer outro lugar entre os adventistas do sé­timo dia, então onde fica a diferença sobre esse ponto entre estes e a própria sede de Babilônia--Roma, onde suas palavras são "apanhadas, comentadas e mal-interpretadas!" Se assim é, não seria tempo de sair de Babilônia? Não é tempo de fugir desses e achar a ligação com JESUS CRISTO, uma confiança e fé perduráveis nEle a ponto de haver perfeita confiança cristã entre todos quantos professam o nome de CRISTO, de modo que suas palavras não sejam apanhadas, comentadas, e mal-interpretadas?
            Agora, é verdade que o cristão deve ser tão absolutamente veraz, franco e transparente que não precise preocupar-se com o que as pessoas façam de suas palavras. Mas o que os que professam ser cristãos estão prontos para fazer com suas palavras? Essa é a questão. E se assim é nas igrejas onde você assiste, então "foge também destes". Quero dizer, se você for um desses, fuja de si próprio.
            Caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos.
            "Atrevidos": Há uma expressão que é comum entre as pessoas hoje que expressa a mesma coisa. É a pa­lavra, "cabeçudo". Atrevido--as informações todas jazem na cabeça. Tudo quanto sabem está em sua cabeça, e pensam que há tanto que até se surpreendem de como sua cabeça pode conter tudo. Mas essa é uma das caracterís­ticas dos últimos dias. As pessoas serão atrevidas. Isto é, têm o seu conhecimento na cabeça.
            Mas DEUS deseja pessoas de bom coração nestes dias. Em lugar de as pessoas serem cabeçudas, ele dese­ja que tenham um grande coração. DEUS deu a Salomão um grande coração, e a exortação para nós todos, em Coríntios, é "sede compassivos". DEUS deseja pessoas de grande coração--pessoas de coração grande, não de ca­beça grande. E não há alternativas para isso; os Testemunhos freqüentemente nos têm dito suficientemente bem que há demasiadas teorias entre os adventistas do sétimo dia e não suficiente experiência do amor de CRISTO no coração. Demasiados dogmas e insuficiente dotação do ESPÍRITO de DEUS. Demasiada forma e muito pouca experi­ência prática real do poder de DEUS e da verdade operando no coração e resplandecendo na vida. Foge também destes. Permitamos que DEUS Se aposse do coração inteiramente, que o amplie com o preenchimento de toda a Sua plenitude.
            "Enfatuados": A próxima palavra procede logicamente desta. É a conseqüência disto, tanto quanto os caluniadores vêm dos implacáveis. Estes são "enfatuados". Há uma palavra sobre isso no 12º capítulo de Roma­nos, verso 16: "Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde". Como se dá em nossa obra de estudos bíblicos, reuniões de tendas, e assim por diante? Alegramo-nos quando alguns dos ricos vêm, alguns da "alta sociedade", e demonstram simpatia pela mensagem, quando então pensamos: "Oh, estamos realizando grandes coisas"? E outro homem, como Tiago descreveu, "po­bre andrajoso", entra na tenda e sua aparência não é inspiradora. E dizemos ao homem de roupas vistosas, "Oh, venha para aqui. Há um lugar onde assentar-se". O outro homem -- Oh, não o conhecemos em absoluto. Como se dá? Tiago diz que isso é acepção de pessoas. Você faz acepção de pessoas? "Se . . . fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo argüidos pela lei como transgressores". Não podem fazer isso. "Em lugar de serdes orgu­lhosos, condescendei com o que é humilde". Não estou querendo dizer que devemos rebaixar o rico ou aqueles que têm alta posição social; em absoluto. Eles devem ser chamados a CRISTO e converter-se tanto quanto todos os demais. O que estou pedindo é, estamos cortejando a estes e julgando que algo muito relevante é feito quando um desses revelam algum interesse ou favor para conosco ou a verdade, enquanto desconsideramos ou rebaixamos o pobre e o destituído? Não há acepção de pessoas para com DEUS. "Se . . . fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado". "Em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos pró­prios olhos".
            Há outro verso em Filipenses que toca o mesmo ponto, com uma exortação a todos nós. Fil. 2:3-6:
            "Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros supe­riores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS".
            "Antes amigos dos prazeres que amigos de DEUS": Não preciso chamar atenção especial para isso. A li­ção do irmão Prescott na noite passada foi suficientemente apropriada neste ponto em particular. "Tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes".
            Agora, há outra passagem sobre essa fase particular do estudo, quanto ao que significa sair do mundo e onde o mundo se acha e em que ponto estamos ligados ao mundo.
            Volvamos atenção a Tiago 4:4:
            "Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de DEUS? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de DEUS".
            Não apela isto a cada um a indagar-se a si próprio: Tenho amizade com o mundo? Não, tenho eu mais amizade pelo mundo do que pelo SENHOR? Tenho alguma medida disso? "Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de DEUS". Isto é o que está escrito, e assim é. Observem como inicia vigorosamente: "Infiéis". Consideremos essa expressão e vejamos o que significa em conexão com Babilônia. Bem nessa expres­são podemos descobrir como Babilônia se originou e cresceu. Volvamo-nos a Romanos 7:1-4:
            "Porventura ignorais, irmãos, pois falo aos que conhecem a lei, que a lei tem domínio sobre o homem toda a sua vida? Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei, e não será adúltera se contrair novas núpcias. Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de CRISTO, para pertencerdes a Outro, a saber, Aquele que ressuscitou dentre os mortos"
            Quem que professa o nome de CRISTO se posta numa posição em que sua própria profissão declara estar casado com JESUS CRISTO, como a esposa está casada com o seu marido. Agora, a esposa que tem um marido e fixa sua mente sobre outro homem e coloca sua dependência sobre outro homem, o que é ela? Vocês sabem.
            O seu marido ali está o tempo todo, o marido está vivendo e vivendo com ela. Nosso marido está vivo, e ele declara: "Nunca te deixarei e nunca te esquecerei". Ele não se assemelha a um marido humano, que às vezes é convocado por um longo tempo, mas mesmo que o marido humano seja chamado para ficar distante por um longo período, isso não justifica a esposa de depositar sua dependência sobre outro homem".
            Mas há esse marido celestial com quem estamos unidos, como uma esposa na associação matrimonial. Ele veio do céu para atrair-nos para longe deste mundo, para longe do deus deste mundo e toda ligação com o mundo, para DEUS. CRISTO declara: "Eu não sou do mundo". Ele é o segundo Adão. O primeiro homem--o primei­ro Adão--é da terra, terreno; o segundo homem é o SENHOR do céu. Como é o terreno, tais são também aqueles que são da terra. E como é o celestial, tais são também os que são do céu. Nosso marido é do céu e é somente celestial. Quando Ele estava no mundo, não era do mundo. Ele não depositou dependência sobre o mundo. Não tinha nenhuma ligação com ele. Como é o celestial, assim são também os que são celestiais.
            Aqui estamos, então, unidos àquele marido celestial nessa relação celestial. E aquele que professa isso e então tem a sua mente, suas afeições, sua amizade, para com o mundo e sobre o mundo--o que é isso? É uma vio­lação da associação matrimonial. É este o significado quando a Palavra declara: "Infiéis". Assim se dá com o in­divíduo. O que será, pois, numa combinação de indivíduos que compõem uma igreja? Um indivíduo é ligado com CRISTO em uma experiência cristã individual e mantém uma ligação cristã individual. Uma inteira combinação des­tas ligadas a CRISTO formam a igreja de CRISTO e deveria ter uma experiência de igreja e uma ligação de igreja.
            Tomem, então, um desses indivíduos que se desviaram de CRISTO, o verdadeiro marido e legítimo SENHOR, e tem amizade com o mundo, deposita sua confiança nos governantes deste mundo. Ele é um adúltero, como no texto. Coloque com ele uma inteira combinação de pessoas que estão agindo assim, fazendo uma igreja também desse tipo, isso é o que tornou Babilônia a mãe--cometendo fornicação com os reis deste mundo, os meios deste mundo--colocando sua confiança sobre os governos e alianças deste mundo. Portanto, a próxima expressão que vemos nas Escrituras descrevendo-a é onde ela tem cometido fornicação com os reis da terra, e se assenta sobre uma besta de cor escarlate, tendo sobre sua testa um nome escrito: "MISTÉRIO, BABILÔNIA A GRANDE, MÃE DE TODAS AS MERETRIZES E ABOMINAÇÕES DA TERRA". Ela estabelece o exemplo de impieda­de, e outras igrejas--professamente protestantes--têm seguido o mau exemplo e assim têm-se tornado filhas dessa baixa linhagem.
            Assim podem ver que aquilo mesmo a que Tiago se refere, que o leva a empregar o termo "infiéis"--essa amizade com o mundo por aqueles que professam o nome de CRISTO--isso é o que fez Babilônia no início e é o que faz Babilônia a mãe e as filhas e todo o completo conjunto denominado Babilônia. É a professa igreja de JESUS CRISTO, tendo a forma de piedade sem contar com o seu poder. Mas tendo a amizade do mundo. Tendo ligação com o mundo, dependendo dos reinos e modos deste mundo, e não do forte, amorável braço de seu marido legí­timo. A amizade com o mundo contém em si mesma tudo que Babilônia é. É inimizade com DEUS.
            Portanto, podem ver que toda consideração, todo princípio sobre que a Escritura toca, requer, meramente no princípio indicado, plena separação do mundo e de tudo quanto nele há. Mas quando o mundo está nessa con­dição e todos se afastando de DEUS e reunindo-se para um confronto com o SENHOR, contra o Seu CRISTO, nas pes­soas daqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro, morto desde a fundação do mundo--de to­dos os tempos que jamais existiram sobre a Terra, agora é o tempo em que essas passagens devem obter força viva e poder vivo com aqueles que clamam pelo nome de CRISTO e especialmente aqueles cujos nomes estão escri­tos no livro da vida.
            Agora, notem: Temos estudado até aqui o que Babilônia é e o que abrange. E descobrimos que abrange o mundo inteiro. Portanto, o que deve dela sair não difere de sair do mundo. Ultimamente temos visto o que é sair do mundo, e é certo que se trata de separar-se inteiramente do mundo e de tudo quanto nele há, não tendo ligação em absoluto com ele. A próxima indagação deve ser--Como se deve cumprir isso? DEUS fez completa provisão para isso. Essas provisões estão totalmente prontas para a nossa aceitação. E agora, ao começarmos o estudo desta parte do tema, devemos saber que cada coração que receber a Palavra de DEUS no ESPÍRITO de CRISTO com a sub­missão que se requer--o próprio SENHOR fará com que essa verdade realize a própria coisa que se faz necessária para cada um que a receba. Essa verdade nos separará verdadeiramente; ela cumprirá essa obra por nós. Não podemos fazê-lo por nós mesmos. Não podemos separar-nos de nós mesmos. Mas DEUS tem uma verdade que rea­lizará isso, e ela nos separará de nós mesmos, nos livrará desse presente mundo maligno, nos livrará do pecado no abstrato--não simplesmente dos pecados individuais, mas do pecado--de modo que o pecado não terá domínio sobre nós, mas em seu lugar atuará o poder de DEUS.
            DEUS tem uma verdade em Sua Palavra que realizará exatamente isso e nos erguerá acima do mundo a fim de que habitemos na luz da glória de DEUS e do reino de DEUS. Esse poder estará sobre nós e em nós e ao nosso redor de modo que avançaremos à obra a que fomos chamados, para realizar a obra que DEUS tem a cum­prir e fazer soar fortemente a mensagem de advertência e o chamado que deve agora ser dado a todos: "Retirai-vos dela, povo Meu".
            Não podemos fazer esse chamado a menos que estejamos fora completamente nós mesmos. Não posso chamar alguém para fora do mundo quando eu próprio não estou fora. Não posso levar alguém a ver o que é a separação do mundo. Não posso fazê-lo com a verdade de DEUS, a menos que eu veja e saiba por minha própria experiência o que significa a separação do mundo. Não posso chamar as pessoas a se separarem inteiramente do mundo ou de qualquer coisa dele e fazê-las depositarem sua confiança inteiramente em DEUS e em nada mais, quando eu próprio estou ligado ao mundo. Não pode realizar-se. Podemos declarar as palavras dirigidas a elas: "Retirai-vos dela", mas não haverá poder nas palavras que as alcance para trazê-las para fora, como somente o poder de DEUS é capaz, e não podem sair por si mesmos.
            Como vimos numa lição anterior, é a "voz do céu" que chama as pessoas a saírem de Babilônia. Então, certamente é verdade que deste tempo em diante devemos estar tão ligados com o céu em nosso trabalho, que quando falamos a Palavra de DEUS, as pessoas ouvirão a voz do céu, que cumprirá o desígnio do solene chamado. E na linha de verdade que é para vir na próxima divisão do tema, DEUS de tal modo ligará com o céu todos que a recebam que tal indivíduo encontrará o céu sobre a terra, segundo as Escrituras. E Ele fará com que isso se cum­pra com todos que se submeterem inteiramente a DEUS e a Sua verdade, e ouvirem a voz do céu.
             Portanto, eu pedirei que entre esta e a próxima lição todos coloquem a mente e coração solene e sagra­damente em preparo para o que o SENHOR tem a dizer, para tudo quanto Ele nos dará e para tudo que Ele fará por nós.
            DEUS tem importante verdade para nós que cumprirá a grande obra que deve ser feita por nós, e precisa­mos ter tudo submetido a Ele, dizendo: "Fala, SENHOR, que o Teu servo ouve". E quando Ele fala, deixem de lado tudo, aceitem a Palavra, porque é a Palavra de DEUS, e essa palavra nos erguerá acima do mundo. Então, quando DEUS nos tem levantado, nós podemos reluzir.

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