A PLENA SEGURANÇA DA FÉ
E. J. Waggoner
A
fé do cristão em algo que não pode ser visto é uma fonte de espanto para um
descrente, sendo freqüentemente objeto de zombaria e desprezo. Os mundanos
consideram a fé simples do cristão como evidência de fraqueza mental, e com um
complacente sorriso que pressupõe a superioridade de seu próprio intelecto,
declara que nunca crê em alguma coisa sem evidência; nunca tira conclusões
precipitadas, e não crê em algo que não pode ver e entender.
A
declaração de que o homem que não crê em nada que não possa entender terá um
credo muito curto é bastante verdadeira. Não há um filósofo vivente que possa
entender uma centésima parte de simples fenômenos que possa ver todo dia.
Cientistas têm descoberto, por observação, que certos tipos de solo são
especialmente adaptados a certos tipos de plantas; mas ninguém pode explicar
por que. Sabem que sob certas condições podemos esperar chuva ou neve; mas não
podem produzir essas condições, nem dizer como são produzidas. Verdadeiramente,
de todos os fenômenos a respeito dos quais os filósofos debatem tão
eruditamente, não há nenhum que possam explicar como a causa absolutamente
original.
Na
realidade, fé é uma das coisas mais comuns. Não há cético que não tenha fé em
maior ou menor grau; e em muitíssimos casos vão até além, e manifestam simples
credulidade. Mas o elemento da fé está subjacente a todas as transações de
negócio e todos os fatos da vida. Dois homens estabelecem um compromisso de
encontrar-se em certo tempo e lugar, para realizar certo negócio; cada qual tem
de confiar na palavra do outro. O comerciante tem que exercer fé em seus
empregados e seus fregueses. Sim, até mesmo tem que exercer fé em DEUS; pois
enviará seus navios através do oceano, confiante de que retornarão carregados
de mercadorias, e contudo precisa saber que o seu retorno seguro depende dos
ventos e das ondas, que estão além do controle humano. E conquanto nunca antes
pense no Poder que controla os elementos, deposita confiança nos oficiais e na
tripulação. Ele até mesmo se confiará a bordo de um dos navios, cujo capitão e
tripulação nunca viu, e confiantemente espera que será transportado em
segurança ao seu destino.
Um
desses homens que julga ser tolice confiar em DEUS "a quem nenhum homem
viu, nem pode ver" vai a um pequeno guichê e ali coloca uma nota de
dinheiro, e em retorno recebe de um homem a quem nunca viu antes, e cujo nome
desconhece, somente uma pequena tira de papel que declara que ele tem direito a
viajar para uma cidade distante. Ele talvez nunca viu tal cidade, e sabe sobre
sua existência somente pelo relato de outros, contudo embarca num dos vagões de
um trem, entrega seu papelzinho para outro estranho e busca acomodar-se
confortavelmente. Ele jamais viu o maquinista e não sabe se este seria capaz
de fazer algo intencionalmente errado; contudo age com total despreocupação e
espera confiantemente ser transportado em segurança a seu destino, de cuja
existência está ciente apenas por ouvir dizer. Mais que isso, ele tem em mãos
um pedaço de papel preparado por alguns homens que nunca viu, que declara que
esses estranhos, sob cujo cuidado ele se confiou, o levarão a seu destino em
certa hora, e tão implicitamente esse cético crê em tal declaração que manda
mensagem antecipando a outra pessoa que jamais viu, com arranjos para
encontrá-lo nesse tempo especificado.
Ainda
mais, sua fé é exercida ao enviar mensagem anunciando a sua ida. Ele entra num
pequeno cômodo, escreve algumas breves palavras num pedaço de papel que
entrega a um estranho sentado junto a uma pequena máquina, paga ao homem meio
dólar, e então segue o seu caminho crendo que em não menos do que meia hora o
seu amigo desconhecido, a mil milhas de distância estará lendo a mensagem que
deixou na estação onde desembarcara.
Quando
ele alcança a cidade, sua fé é ainda manifestada. Enquanto viajava num dos
vagões do trem ele escrevera uma carta à família que ele deixou em casa. Tão
logo alcança a cidade, observa uma pequena caixa de ferro presa a um poste na
rua, e vai direto até ela depositando ali a carta, e retira-se sem dedicar mais
qualquer pensamento ao assunto. Espera confiantemente que a carta deixada
naquela caixa sem dizer qualquer palavra a quem quer que seja alcance sua
esposa dentro de dois dias. E, contudo, esse homem pensa que é extremamente
insensato falar com DEUS na expectativa de que qualquer atenção seja prestada a
suas palavras.
Mas
a tudo isso o cético responderá que não confia cegamente nos outros, mas tem razões para crer que será transportado
com segurança, que sua mensagem será enviada corretamente, e que sua carta
alcançará a sua esposa em tempo adequado. Sua fé nessas coisas baseia-se nos
seguintes pontos:
1.
Outros foram transportados em segurança, e milhares de cartas e telegramas têm
sido corretamente enviados e prontamente entregues. Sempre que uma carta tem
sido mal direcionada, quase invariavelmente ocorre por falta do remetente.
2.
Os homens a quem ele se confia, bem como a suas mensagens, têm como negócio o
transporte de pessoas e mensagens; se falharem em cumprir o seu acordo,
ninguém depositará mais confiança neles, e o seu negócio iria à falência.
3.
Ele tem a garantia do governo dos Estados Unidos. As companhias de estrada de
ferro e telégrafo recebem seu direito de operação do governo, que, com isso,
se torna em certa medida responsável por sua confiabilidade. Se não agirem
segundo concordaram, o governo pode revogar o direito deles. A confiança dele
na caixa de correio deve-se ao fato de ter visto sobre ela as letras U.S.P.S.,
e saber que significam que o governo prometeu entregar com segurança qualquer
carta depositada na caixa, se apropriadamente endereçada e selada. Ele crê que
o governo cumprirá suas promessas, porque se não fizer isso, logo poderá chegar
a um fim. Sua existência depende da capacidade de cumprir suas promessas e de
sua integridade em realizá-las. É do interesse do governo cumprir suas
promessas tanto quanto é do interesse das empresas ferroviária e de telégrafo
cumprir as suas. E todas essas coisas formam um terreno sólido para sua fé.
Bem,
o cristão tem mil vezes mais base para a sua fé nas promessas de DEUS. Fé não é
credulidade cega. Diz o apóstolo: "Ora, a fé é a certeza de coisas que se
esperam, a convicção de fatos que se não vêem". Heb. 11:1. Essa é uma
definição inspirada, e, portanto, podemos concluir que o SENHOR não espera que
exerçamos fé exceto sobre a evidência. Agora, pode-se prontamente demonstrar
que o cristão tem razões muito maiores para exercer fé em DEUS do que o cético
ao exercer confiança nas companhias ferroviária e telegráfica ou no governo.
1.
Outros têm confiado nas promessas de DEUS, e concluído que são seguras. O
décimo primeiro capítulo de Hebreus contém uma longa lista daqueles que se têm
certificado das promessas de DEUS, os quais "subjugaram reinos, praticaram
a justiça, obtiveram promessas, fecharam bocas de leões, extinguiram a
violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força,
fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros.
Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos". E isso não se
limita aos tempos antigos. Quem desejar, há de encontrar abundância de
testemunho quanto ao fato de que DEUS é "socorro bem presente na
angústia". Milhares podem testificar de orações respondidas em maneiras
tão extraordinárias ao ponto de não restar mais dúvidas de que DEUS responde
as orações em maior medida do que o governo dos Estados Unidos leva a
correspondência que lhe é confiada.
2.
O DEUS em quem confiamos tem como negócio o responder orações, e proteger e
cuidar de Seus súditos. "As misericórdias do SENHOR são a causa de não
sermos consumidos porque as Suas misericórdias não têm fim". "O
SENHOR . . . tem prazer na misericórdia". Miquéias 7:18. "Eu é que
sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e
não de mal, para vos dar o fim que desejais". Jeremias 29:11. Se Ele
quebrasse uma de Suas promessas, os homens deixariam de crer Nele. Essa era a
base de confiança de Davi. Declarou ele: "Assiste-nos, ó DEUS e Salvador
nosso, pela glória do Teu nome; livra-nos, e perdoa-nos os pecados, por amor
do Teu nome. Por que diriam as nações: Onde está o seu DEUS?" Salmo 79:9,
10.
3.
A existência do governo de DEUS depende do cumprimento de Suas promessas. O
cristão tem a segurança do governo do universo de que todo pedido legítimo que
faz será concedido. O governo existe para a proteção dos fracos. Suponhamos
agora que DEUS falhasse em cumprir uma de Suas promessas ao mais fraco e mais
insignificante indivíduo do mundo; essa única falha destruiria o governo
inteiro de DEUS. O universo todo iria imediatamente ser lançado em confusão. Se
DEUS devesse quebrar uma de Suas promessas, ninguém no universo poderia ter
jamais confiança nelas, e Sua regência chegaria ao fim; pois confiança no poder
governante é o único terreno seguro para a obediência. Os niilistas da Rússia
não obedecem ao czar porque não confiam nele. Qualquer governo que, através da
falha em cumprir suas obrigações, perde o respeito de seus súditos está numa condição
de instabilidade. Portanto, o cristão humilde depende da Palavra de DEUS, sabendo que DEUS tem mais a perder do
que ele. Se tal coisa, como DEUS falhar em cumprir Sua Palavra, fosse possível,
o cristão perderia somente a sua vida, mas DEUS perderia o Seu caráter, a
estabilidade de Seu governo, e o controle do universo.
Ademais,
aqueles que depositam confiança no governo humano, ou em qualquer instituição
de homens, estão sujeitos a serem desapontados. Com as melhores das intenções,
erros serão cometidos, porque os homens são falíveis. Mas para o cristão, a
firme segurança é dada: "Não há outro, ó amado, semelhante a DEUS! que cavalga
sobre os céus para a tua ajuda, e com a Sua alteza sobre as nuvens. O DEUS
eterno é a tua habitação, e por baixo de ti estende os braços eternos".
Deuteronômio 33:26,27. O Seu poder é demonstrado na criação. As coisas que Ele
fez atestam de Seu eterno poder e Divindade. Quanto mais poderoso for o
governo, maior a confiança nele. Então, o que é mais razoável do que termos
confiança implícita no DEUS a quem a Natureza e a Revelação combinadas declaram
ser onipotente, eterno e imutável?
Se
eu devesse expressar a um incrédulo as minhas dúvidas quanto à integridade de
um de seus amigos, ele diria: "Isso é porque você não o conhece; apenas
faça uma experiência com ele e verá que é tão confiável quanto o aço".
Esta seria uma boa resposta; e assim dizemos ao infiel que duvida das promessas
de DEUS: "Oh! provai, e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem
que Nele se refugia. Temei o SENHOR, vós os Seus santos, pois nada falta aos
que O temem". Salmo 34:8,9. Que direito tem alguém de duvidar das
promessas ou do poder de DEUS antes que lhe ponha à prova? E nesse caso, que
direito tem alguém de duvidar de DEUS, uma vez que todos estão provando o Seu
poder e bondade a cada momento da vida?
Em
II Coríntios 1:18-20 encontramos as seguintes positivas declarações:
"Antes, como DEUS é fiel, a nossa palavra para convosco não é sim e não.
Porque o Filho de DEUS, CRISTO JESUS, que foi por nosso intermédio anunciado
entre vós, isto é, por mim e Silvano, e Timóteo, não foi sim e não; mas sempre
nele houve o sim. Porque quantas são as promessas de DEUS tantas têm nele o
sim; porquanto também por Ele é o amém para glória de DEUS, por nosso intermédio".
Neste
fato somente pode o pecador encontrar qualquer confiança em aproximar-se de
DEUS. "JESUS CRISTO, é o mesmo ontem, hoje e para sempre" é a única
esperança do pecador. Não é para melindrá-lo, nem para gloriar-se em
desapontá-los, que o gracioso chamado é dado aos homens. "Ah! todos vós os
que tendes sede, vinde às águas; e vós os que não tendes dinheiro, vinde
comprai, e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e
leite". Isaías 55:1.
Diz
JESUS: "O que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora" (João 6:37);
e Paulo declara que Ele "pode salvar também totalmente os que por Ele se
chegam a DEUS". Hebreus 7:25. E o mesmo apóstolo ainda diz:
"Tendo,
pois, a JESUS, o Filho de DEUS, como grande sumo sacerdote que penetrou os
céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que
não possa compadecer-se das nossas fraquezas, antes foi Ele tentado em todas as
coisas à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente,
junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para
socorro em ocasião oportuna". Hebreus 4:14-16.
Novamente
lemos: "De fato, sem fé é impossível agradar a DEUS, porquanto é
necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que Ele existe e que se
torna galardoador dos que O buscam". Hebreus 11:6. A fé, portanto, e a
ousadia são características que o SENHOR deseja que aqueles que a Ele vão
manifestem. Esses pensamentos são sugeridos pela leitura de um velho hino,
cujas primeiras três estrofes assim rezam:
"Vem,
humilde pecador, em cujo peito
milhares
de pensamentos giram;
Vem
com tua culpa e temor opressores,
e
toma esta última resolução:
"Irei
a JESUS, conquanto os meus pecados
semelhantes
a montanhas me cerquem;
Conheço
Suas cortes em que adentrarei,
seja
o que opor.
"Prostrado
me lançarei perante o Seu trono,
e
ali minha culpa confessarei;
Dir-Lhe-ei
que sou um miserável perdido
sem
a Sua soberana graça".
Isso
é bom; nenhuma resolução melhor poderia possivelmente ser feita; é somente o
que DEUS deseja que cada pecador faça. Ele declara:
"Buscai
o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o
perverso o seu caminho, o iníquo os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR,
que Se compadecerá dele, e volte-se para o nosso DEUS, porque é rico em
perdoar". Isaías 55:6,7.
Esta
é a linguagem da segurança positiva. Que, pois, diremos ao sentimento expresso
na quarta estrofe do hino acima referido? Assim reza:
"Talvez
Ele admita a minha súplica,
Talvez
ouvirá minha oração;
Mas
se eu perecer, pedirei,
E
perecerei somente ali".
Tal
linguagem pode ser escusável em alguém que nada sabe sobre DEUS; mas foi
pronunciada por alguém que tem conhecido a DEUS, ou, antes, é conhecido por
DEUS e pode ser considerado somente como um desafio à Palavra de DEUS. O
pecador é exortado a lançar-se prostrado perante DEUS, confessar os seus
pecados, e suplicar misericórdia, e então é "encorajado" com o
pensamento de que talvez DEUS ouça a
sua oração, e admita o seu rogo. Não é dessa maneira que DEUS encoraja aqueles
que estão enfermos de pecado. Diz o discípulo amado: "Se confessarmos os
nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar
de toda injustiça". I João 1:9. Ele promete que "terá
misericórdia" e que "perdoa abundantemente" os que volvem-se a
Ele confessando e abandonando os seus pecados.
Não
há coisa tal como "talvez" com DEUS. Suas promessas ao penitente, e
Suas ameaças aos impenitentes são igualmente positivas. "Quem, porém, não
crer será condenado". Marcos
16:16. Ao errante Ele declara: "Então Me invocareis, passareis a orar a
Mim, e Eu vos ouvirei. Buscar-Me-eis,
e Me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração". Jeremias
29:12,13. Novamente diz: "Não disse à descendência de Jacó: Buscai-me em
vão; Eu, o SENHOR, falo a verdade, e proclamo o que é direito". Isaías
45:19.
CRISTO
declara: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu
vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso
e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas". Mateus
11:28,29. Não há "talvez" a respeito disso.
"DEUS
é amor"; Ele Se tem revelado a nós como um DEUS que tem "deleite na
misericórdia". A garantia disso é achada no fato de que JESUS morreu por
nós; "DEUS prova o Seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter CRISTO
morrido por nós, sendo nós ainda pecadores". Romanos 5:8. E "Aquele
que não poupou a Seu próprio Filho, antes, por todos nós O entregou, porventura
não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas?" Romanos 8:32.
"Fiel é a palavra e digna de toda aceitação, que CRISTO JESUS veio ao
mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal". I Timóteo
1:15. Sendo que Ele veio para esse expresso propósito, como pode haver qualquer
dúvida sobre o receber Ele os que humildemente a Ele vão?
Quando
a rainha Ester foi instada a comparecer perante o rei Assuero rogar pela vida
de seu povo, ela a princípio recusou, porque representava morte comparecer
perante ele sem ter sido convocada, mas finalmente ela cedeu, declarando:
"Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e
não comais nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas
servas também jejuaremos. Depois irei ter com o rei, ainda que é contra a lei;
se perecer, pereci". Ester 4:16.
Assuero
(Xerxes) era um rei pagão, e um déspota intolerante. Ao comparecer perante ele
a rainha tinha a vida nas mãos. Mas nosso DEUS estendeu o Seu cetro a nós; Ele
deseja que vamos, e insiste conosco para irmos. "Tão certo como eu vivo,
diz o SENHOR DEUS, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso
se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos
maus caminhos; pois, por que haveis de morrer, ó casa de Israel?" Ezequiel
33:11. "O ESPÍRITO e a noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem. Aquele
que tem sede, venha, e quem quiser receba de graça da água da vida".
Apocalipse 22:17.
Dissemos
que não há coisa tal como "talvez" com DEUS. Tiago declara que com
Ele não há "mudança, nem sombra de variação". Então os que vão a Ele,
em dúvida se receberão aquilo por que pediram, devem desagradá-Lo, porque
refletem a respeito de Sua veracidade. Que DEUS se desagrada daquele que duvida
está evidente em Hebreus 11:6, e também das seguintes palavras:
"Se,
porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a DEUS, que a todos dá
liberalmente, e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com
fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida
e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do SENHOR alguma coisa".
Tiago 1:5-7.
O
homem que julga que "talvez" DEUS ouça a sua oração, pensa que
"talvez" não o faça; tal indivíduo não pode pedir em fé, sem vacilar,
e conseqüentemente não pode receber nada. A única maneira de ir é ousadamente.
O violento toma o reino de DEUS pela força.
Um
pensamento mais. DEUS agrada-Se de que a Ele vamos com confiança, porque revela
que cremos no que dizemos; e Sua própria glória depende do cumprimento de Suas
promessas. Declara Paulo: "Mas DEUS, sendo rico em misericórdia, por causa
do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos
deu vida juntamente com CRISTO,--pela graça sois salvos, e juntamente com Ele
nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em CRISTO JESUS; para
mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da Sua graça, em bondade para
conosco, em CRISTO JESUS". Efésios 2:4-7. Isto é, DEUS tenciona exibir-nos
por toda a eternidade como evidência da suprema riqueza de Sua graça; as almas
que são salvas representarão um eterno troféu de sua imutável bondade; como,
então, se pode imaginar que Ele não ouvirá a oração da alma contrita, com quem
tem declarado que se apraz.
Arrependeu-se
de seus pecados? Odeia-os, e anseia por uma vida melhor? Já os tem confessado?
Então valha-se da garantia da Palavra de DEUS como evidência de que seus
pecados estão perdoados, e que você tem direito à paz com DEUS mediante Nosso
SENHOR JESUS CRISTO. Então poderá dizer com o profeta: "Graças te dou, ó
SENHOR, porque, ainda que Te iraste contra mim, a Tua ira se retirou, e Tu me
consolas. Eis que DEUS é a minha salvação; confiarei e não temerei, porque o
SENHOR DEUS é a minha força e o meu cântico; Ele Se tornou a minha
salvação". Isaías 12:1,2.
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