A MENSAGEM DO TERCEIRO ANJO

Sermão nº 9 - Conferência Geral de 1893

Por A.T. Jones

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Nota do tradutor: Este sermão foi pregado quase cinco anos após a mensagem de Jones & Waggoner, sobre a Justificação pela Fé, ter sido recusada pelos líderes, pastores e leigos da IASD, na reunião de Mineápolis de 1888. Na ocasião desses sermões de Jones (1893), a Irmã White estava exilada na Austrália e Waggoner na Ingla­terra. Em 1893, Jones e Prescott fizeram uma tentativa novamente de a IASD aceitar a mensagem e a chuva serô­dia e dar o alto clamor, mas foi em vão, pois DEUS havia mandado Sua igreja voltar e ficar mais 40 anos no de­serto, como o antigo Israel. Ver o livro 1888 Passado em Revista, dos Pastores Robert Wieland & Donald Short.

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            Alguns têm dito que não podem ver como uma pessoa pode reconhecer-se como sendo miserável, des­graçada e pobre e cega e nua, e não o saber, e ao mesmo tempo estar feliz no SENHOR. Bem, eu gostaria de saber como qualquer um pode saber isso. Eu queria saber como uma pessoa vai regozijar-se no SENHOR, quando ela pensa que ela está bem. Podeis dizer? Não posso imaginar. Mas quando uma pessoa sabe que ela é o que o SENHOR diz que ela é, e reconhece aquilo, e então acha que o SENHOR é tão bom que DEUS a tomará exata­mente como está, e a capacita a permanecer na presença de DEUS através de toda a eternidade, então essa pessoa tem algo por que se regozijar. Não pode fazer mais nada.

            Porque, irmãos, o SENHOR não nos salva porque somos tão bons, mas porque Ele é tão bom. Não vos esqueçais disto. Ele não nos salva nem nos abençoa na obra do SENHOR em absoluto porque somos tão bons, mas porque Ele é bom e nós somos maus. E a bênção disso é que Ele nos abençoará tanto quanto somos tão maus. E o regozijo da coisa toda é que Ele nos salva e nos faz refletir Sua própria imagem, tão mau quanto sejamos. É daí que vem o regozijo.

            Bem, sobre entender isto, não posso entendê-lo, mas sei que é assim, e isto é tudo que me interessa. Tomará a eternidade para explicá-lo, para que possamos entendê-lo; mas tanto quanto sei, assim é, não vou me perturbar e preocupar-me sobre como o SENHOR pode fazê-lo, ou se vou entendê-lo. Ireis vós? [Congregação: "Não"].

            Há outro ponto exatamente aqui que podemos manter em mente, - aqueles que não podem vê-lo que as­sim o é. Irmãos, dizeis ao SENHOR vez após vez que assim é, e então o vereis. Não o entendereis então, mas o percebereis. Não podereis ver como pode ser, mas podeis perceber que é um fato: e este é o único modo que po­deis. Posso vê-lo enquanto me mantenho longe daquilo? - Não. É uma coisa que pertence ao coração, e não po­deis vê-lo com vossos olhos; deveis percebê-lo com o vosso coração, e é somente o ESPÍRITO de DEUS que dá o colírio para que possais vê-lo. Eis aqui algo que - não o explica, mas talvez vos ajudará a ter uma idéia um pouco melhor. No "Testimonies nº 31 [Testimonies, vol. 5.], leio estas palavras: - "Estais em CRISTO? Não, se não vos reconheceis pecadores errantes, desamparados, condenados."

            Isto é o que alguns dos irmãos dizem não perceber. Eles dizem, "Não vejo como, se estou em CRISTO, deva me reconhecer um pecador carente, desamparado; eu pensava que se eu estivesse em CRISTO, então eu poderia agradecer ao SENHOR porque eu era bom, sem pecado, inteiramente perfeito, santificado, e tudo aquilo." Por que não. Ele é. Quando estais em CRISTO, Ele é perfeito, Ele é justo, Ele é santo e nunca erra, e Sua santidade vos é imputada - é dada para nós. Sua santidade, Sua perfeição é minha, mas eu não sou aquilo.

            Talvez possais pegar esse pensamento um pouco mais claramente por aquela palavra com a qual estamos familiarizados em I Coríntios 1:30: "Mas vós sois Dele, em JESUS CRISTO, o qual para nós foi feito por DEUS sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção." Então onde está minha justiça? - Em CRISTO. Onde está mi­nha sabedoria? - Em CRISTO. Onde está minha santificação? - Em CRISTO. Onde está minha redenção? - Em CRISTO.

            Oh sim, mas quando vou a Ele em busca de sabedoria e Lhe peço sabedoria e Ele ma dá, então não posso gabar-me e dizer, "Sou sábio"? Por que não? Exatamente no momento em que digo isso, sou o maior tolo do mundo. Porque ao me entregar ao SENHOR, Ele Se dignou em ficar ao meu lado, e assim deu-me Sua sabedoria, para que me possa conduzir e guiar-me em caminhos de sabedoria, e para que eu deva andar no caminho que é reto. Por Ele ter-me feito aquilo, posso então orgulhar-me sobre isso e dizer, "Agora sou sábio?" Não percebeis, na natureza das coisas, que seria a maior tolice que jamais me atingiu, se eu dissesse que sou sábio? Ele o fez, Ele me ajudou, Ele deu-me Sua sabedoria, Ele foi minha sabedoria. Quando eu não andava sabiamente, Ele deu-me Sua sabedoria; Sua sabedoria me guiou, Sua sabedoria tomou posse de minha mente e coração e conduziu-me e conservou-me nos caminhos da sabedoria. Então, Ele é minha sabedoria, e não tenho nenhuma sabedoria, mas a sabedoria Dele. Não vedes? Agora conseguistes aquilo desse modo, e então sabereis que é um feito.

            "Eu vos guiarei com Meus olhos." Quando Ele diz que me guia com Seus olhos, responderei, são Seus olhos que nos guiam, e não nossos próprios olhos. Então a única coisa a fazer é deixarmo-nos ir, inteiramente, completamente, e permitirmo-nos ser Seus, totalmente e completamente, para que Ele possa ser tudo, e em todos nós.

            Portanto, Ele é nossa sabedoria, nossa santificação, nossa redenção, e nossa justiça. Então Ele é minha satisfação onde sou miserável; Ele é meu conforto onde sou desgraçado; Ele é minha vista onde sou cego; Ele é minha riqueza onde sou pobre; e Ele é meu conhecimento onde não sei.

            E agora aquele pensamento da última noite - alguns pensavam que ia inteiramente muito longe. Eles po­diam dizer, é bom bastante quando Ele diz, "És desgraçado", eu digo, sou desgraçado. Quando Ele diz, "És po­bre", digo, sou pobre. Quando Ele diz, "És cego", digo, sou cego. E quando Ele diz, "Tu não sabes disso", então devo dizer, "Eu o sei?" - Não, não. Quando Ele diz, "Tu não o sabes," devo dizer, "Não o sei." Não vades colo­car construções sobre Seu caminho. Quando digo que sou desgraçado e miserável e pobre e cego e nu, e por cima Ele diz que não o sei, digo, "SENHOR eu não o sei." Isto nos leva exatamente ao texto com o qual começamos naquela noite, - "Se alguém pensa que sabe alguma coisa, não sabe nada ainda do que deveria saber." Ainda não sei, conquanto eu tenha estado reconhecendo aquilo, ainda não sei o quanto sou desgraçado, miserável, e pobre e cego e nu, se Ele deve me mostrar exatamente como sou. Tão certo quanto tomarmos aquela mensagem laodicea­na como Ele a fala, receberemos tudo o que JESUS tem nela. Então, irmãos, isto é o que se pretende. Isto é exa­tamente o que a mensagem laodiceana pretende fazer. Que ela faça sua obra do próprio modo Dele. Vede aqui. Notemos este testemunho, no volume 1, p. 186-187 [Testimonies, vol 1]. Isto foi dado em 1859: -

            "Foi-me mostrado que o testemunho aos laodiceanos se aplica ao povo de DEUS no tempo presente, e a razão por que não cumpriu maior obra é devido à dureza de vossos corações. Mas DEUS deu tempo à mensagem para fazer sua obra. O coração precisa ser purificado dos pecados que por tanto tempo excluíram a JESUS. Esta terrível mensagem fará sua obra. Quando ela foi de início apresentada, ela levou ao exame íntimo do coração." 

            Isto é o que ela fará agora. Permitamo-la então fazer sua obra. Mas houve um tempo de intervalo desde que ela foi apresentada de início. Leio mais: -

            "Os pecados eram confessados, e o povo de DEUS era despertado por toda parte. Quase todos acredita­vam que essa mensagem se encerraria no alto clamor do terceiro anjo. Mas conforme falharam em ver a poderosa obra realizada num curto tempo, muitos perderam os efeitos da mensagem."

            Eles desistiram dela, como diz este testemunho que ainda não foi publicado: -

            "Os pecados de Israel devem ir antes a julgamento. Cada pecado deve ser confessado no santuário; en­tão a obra se porá em movimento; deve ser feito agora. A chuva serôdia está vindo aos que são puros - todos, então a receberão como no início. Ninguém receberá a chuva serôdia senão aqueles que fazem tudo que podem. CRISTO nos ajudará. Todos podem ser vencedores pela graça de DEUS, através do sangue de JESUS. Todo céu está interessado na obra. Os anjos estão interessados.

            "DEUS pode torná-los uma hoste contra os inimigos. Vós desistis muito depressa. Deixais ir demasiado breve aquele braço! O braço do SENHOR é poderoso. Satanás opera de diferentes maneiras para roubar nossa mente de DEUS. Vitória, vitória! Devemos tê-la sobre cada erro. Um solene mergulhar em DEUS. Aprontai-vos. Colocai vossa casa em ordem."

            Mas quando foi apresentada de início, porque ela não realizou a obra "num curto tempo", eles disseram, "o tempo ainda não veio," e assim eles desistiram dela e a perderam. [N.T. Parece que aqui Jones está se referin­do à mensagem de 1888 da Justificação pela Fé, que foi recusada pela IASD.] De novo leio dos Testimonies, vol. 1, p. 186: -

            "Vi que esta mensagem não realizaria sua tarefa nuns poucos curtos meses. Ela é designada para levan­tar o povo de DEUS, para desvendar-lhes suas apostasias, e a conduzi-los a um zeloso arrependimento, para que possam ser favorecidos com a presença de JESUS, e serem qualificados para o alto clamor do terceiro anjo. Como esta mensagem afetava o coração, ela conduzia à humildade profunda diante de DEUS. Anjos foram envia­dos a todas as direções para preparar corações descrentes para a verdade."

            Isto é onde estamos. Enquanto a mensagem está nos preparando para o alto clamor, DEUS está enviando anjos por toda parte para preparar as pessoas para a verdade. E quando sairmos desta conferência com esta men­sagem como é agora, o povo a ouvirá.

            "A causa de DEUS começou a erguer-se, e Seu povo estava familiarizado com sua posição. Se o conse­lho da Testemunha Verdadeira tivesse sido ouvido plenamente, DEUS teria operado em favor de Seu povo com maior poder. Todavia, os esforços feitos desde que a mensagem foi dada, foram abençoados por DEUS, e muitas almas foram trazidas do erro e trevas para regozijarem-se na verdade. DEUS provará Seu povo."

            O ponto particular que eu queria ler é este, que é para nos preparar para que "possamos ser favorecidos com a presença de JESUS, e sermos ajustados para o alto clamor do terceiro anjo." Então o que é que nos capaci­ta para o alto clamor do terceiro anjo? - A mensagem laodiceana.

            Agora, irmãos, aquele lugar onde eu estava lendo na noite passada nos dá a razão por que é tão importan­te que tenhamos esta unção dos olhos com o colírio exatamente agora. Eu simplesmente li a passagem na noite passada. Eu a lerei novamente para uso posterior: -

            "Se os que tiveram grande luz, não tiverem fé e obediência correspondentes, eles breve se tornam leve­dados com a apostasia predominante; outro espírito os controla. Conquanto tenham sido exaltados ao céu no pon­to de oportunidades e privilégios, eles estão em pior condição que os mais zelosos advogados do erro. Há muitos que têm assim se preparado para a ineficiência moral na grande crise."

            Estais vós preparando-vos para a ineficiência moral neste tempo? Tenho eu estado nisso?

            "Eles estão hesitantes e indecisos. Outros que não têm tido tão grande luz, que nunca se identificaram com a verdade, sob a influência do ESPÍRITO responderão à luz quando ela brilhar sobre eles. A verdade que perdeu seu poder sobre os que há muito negligenciaram seus preciosos ensinos, aparece linda e atrativa aos que estão prontos para andar na luz."

            O que queremos estudar exatamente agora é o ponto que muitos têm "estado se preparando para a inefi­ciência moral nesta grande crise." Queremos inquirir o que significa essa "ineficiência moral", qual é o perigo, e como entramos nele, não queremos? Se estou naquela situação, então será que não quero saber o que significa essa "ineficiência moral", que perigo é esse envolvido e como entrar nele? A dificuldade é levar as pessoas a ve­rem do que necessitam. O SENHOR nos livrará cada vez. Ele nos mostra o caminho. Mas a primeira coisa que queremos é entender o perigo, e então como entrar nele. Estudemos isso. Vamos a isso, e queremos ir a ele no mesmo espírito que estudamos esta lição na noite passada, pois é tudo uma lição.

            Em Special Testimonies, "O Perigo de Adotarmos Políticas Mundanas na Obra de DEUS.", p. 5, leio estas palavras: -

            "Em 1882, testemunhos do mais profundo interesse sobre pontos de importância vital, foram apresenta­dos ao nosso povo, com relação à obra, e o espírito que deveria caracterizar os obreiros. Porque essas advertên­cias foram negligenciadas, os mesmos males que eles apontavam foram acariciados por muitos, impedindo o pro­gresso da obra, e colocando em perigo muitas almas. Os que são auto-suficientes, que não sentem necessidade de constante oração e vigilância, serão engodados. Através de fé viva e fervorosa oração os sentinelas de DEUS devem tornar-se participantes da natureza divina, ou serão achados professadamente trabalhando para DEUS, mas na realidade dando seu serviço para o príncipe das trevas."

            Ora, essa é uma posição terrível para estar nela. Pois uma pessoa pode estar pensando que está "traba­lhando para DEUS" e todavia seu inteiro serviço ser para o inimigo! Quem estará nessa posição? - Os que não têm fé ativa; os que não entregaram tudo e não têm CRISTO: - Em outras palavras, os que não atentaram para a mensagem laodiceana.

            Mais: -

            "Porque seus olhos não estão ungidos com o colírio celestial, seu entendimento será cegado, e serão ignorantes dos maravilhosamente especiosos truques do inimigo".

            Irmãos, estamos no tempo, e estaremos nele desde agora até o fim do mundo, quando podemos ser leva­dos a qualquer hora ou qualquer dia a uma posição onde se esperarmos para raciocinar, estamos perdidos. Toma­remos o lado errado; tão certamente quanto esperarmos para raciocinar, tomaremos o lado errado. Podemos dis­cerni-lo unicamente por aquele colírio celestial pelo qual "conhecereis a verdade", e tão logo quanto a coisa for sugerida podereis ver o caminho diante de vós. Estaremos em lugares onde a causa de DEUS, onde a honra da causa de DEUS dependerá do que vós e eu dissermos; e as vantagens que o inimigo possa ter sobre nós, depende­rá sobre o que vós ou eu dissermos. E nestes tempos, se vós ou eu não tivermos nem vermos o ESPÍRITO celesti­al para nos dar a palavra certa para dizer, diremos a palavra errada, e colocará cada um de nossos irmãos na de­fensiva, e cada alma de vós estará em desvantagem, porque o inimigo está se colocando onde ele está esquadri­nhando toda posição que tomamos.

            O inimigo está agora vigiando toda posição que tomamos, com o único propósito de pervertê-la e colo­car-nos em desvantagem. Vós e eu precisamos de algo mais do que a sabedoria humana, ou nossa própria razão, para saber como tomar a posição correta. Estaremos em lugares onde a honra da causa dependerá de nós. Pergun­tas serão feitas que nunca ouvistes antes em vossa vida. Diante de uma comissão legislativa, ou algo desse tipo - em algum lugar onde DEUS nos chamar e der uma oportunidade para espalhar a luz e a verdade - uma pergunta pode ser feita que nunca ouvistes em vossa vida. Tereis de saber naquele momento que resposta dar, não tereis tempo de pensar ou raciocinar sobre aquilo. Perguntas serão feitas as quais, se tormardes tempo e pausa para ra­ciocinar a respeito, as probabilidades são de que a racionalidade da coisa apareceria diretamente o oposto do que o ESPÍRITO de DEUS diria a respeito; porque Seus caminhos não são nossos caminhos.

            E, irmãos, não estou falando aleatoriamente: Algo dessas coisas realmente foram feitas, e hoje vós e eu estamos em desvantagem, e há cargas que nos foram colocadas que teremos de suportar, por causa dessa mesma cegueira de alguns adventistas do sétimo dia. Eis onde estamos. E quando nossos inimigos se apoderam dessas coisas, se infelizmente, eles as trouxerem contra nós para comprometer nossa posição, quando permanecermos em torno da verdade como ela é em JESUS, simplesmente teremos de repudiar a coisa toda, e declarar que não é a verdade, embora tenha vindo de um adventista do sétimo dia. É uma posição terrível na qual estar. Não quero colocar-vos lá, e não quero que me coloquem lá, e sei que não quereis colocar-me lá. Bem, então vós e eu ambos necessitamos da unção celestial para que possamos saber o que dizer e o que fazer na notificação do momento. "Unge teus olhos para que possas ver".

            Aqui na página 7 está a palavra: -

            "Aqueles que crêem na verdade devem ser como fiéis sentinelas na torre de vigia, ou Satanás sugerirá para eles raciocínios especiosos, e eles farão pronunciamentos que trairão depósitos santos e sagrados."

            Mas que depósitos santos e sagrados temos? Não é a causa de DEUS, a obra da mensagem do terceiro anjo, não é isto o único depósito que temos? Então quando vós e eu traímos depósitos santos e sagrados, que es­tamos traindo? - Estamos traindo a mensagem do terceiro anjo. Estamos traindo cada irmão que temos, colocan­do-o em desvantagem, vendendo-o nas mãos do inimigo. Gostaria de saber por que vós e eu não devemos andar direito.

            [Uma voz - Não há uma passagem que diz que o ESPÍRITO de DEUS nos dirá o que falar?]

            Exatamente, esse é o ponto. Esta exortação é que devemos depender do ESPÍRITO de DEUS, e estar certo que O temos; não desconsiderar os ensinos do ESPÍRITO de DEUS, nem o caminho do ESPÍRITO de DEUS. Na página 13 uma referência é feita a Elias:-

            "Fraquejou Elias diante do rei? Acovardou-se e agiu timidamente, e recorreu à bajulação, a fim de a­brandar os sentimentos do irado governante? Israel pervertera seu caminho, e abandonara a vereda da aliança a DEUS, e agora, haveria o profeta, para preservar sua vida, de trair os depósitos santos e sagrados? Profetizou ele coisas suaves para agradar o rei, e para obter seu favor? Evadir-se-ia ele do assunto? Ocultaria ele do rei a verdadeira razão por que os juízos de DEUS estavam caindo sobre a terra de Israel?"

            Que significa isso para nós? Não estamos no tempo de Elias? Não estamos para ser afugentados como foi Elias? Não irá cair fogo do céu contra a verdade como desceu lá pela verdade de DEUS? Não seremos afugenta­dos e protegidos pelos anjos como foi ele? e seremos transladados como foi ele? Não suportaremos como fez ele? Então não precisamos ter a fé que ele teve? Há uma palavra muito importante para nós sobre esse assunto em Tes­timonies nº 32, p. 139: -

            "Deve Satanás triunfar sempre? Oh não! A luz refletida da cruz do calvário indica que uma maior obra deve ser feita que nossos olhos jamais testemunharam.

            "O terceiro anjo, voando pelo meio do céu, e proclamando os mandamentos de DEUS e o testemunho de JESUS, representa nossa obra. A mensagem não perde nada de sua força no vôo progressivo; pois João o vê aumentando em força e poder até que toda terra seja iluminada com sua glória. O curso do povo guardador dos mandamentos de DEUS é progressivo, sempre para frente. A mensagem da verdade que portamos deve ir às na­ções, línguas, e povos. Breve ela irá com um alto clamor, e a terra será iluminada com a sua glória."

            Agora a palavra vem, não que seja cedo para ir, mas é que "começa" e "vai" com o alto clamor.

            "Estamos nos preparando para este grande derramamento do ESPÍRITO de DEUS? Agentes humanos devem ser empregados na obra. Zelo e energia devem ser intensificados; talentos que estão enferrujando-se pela inação devem ser compelidos ao serviço. A voz que diria, 'Esperai, não vos permitais ter cargas impostas sobre vós', é a voz dos espias covardes. Queremos Calebes agora, que compelirão ao fronte, - capitães em Israel, que com corajosas palavras farão um forte relatório em favor da ação imediata."

            Quem entrou na terra de Canaã? [Audiência - Calebe e Josué.] Os homens que disseram que podiam en­trar. E porque DEUS estava com eles, eles entraram na terra, enquanto todo resto caiu no deserto. Eles foram todos os 38 anos com seus irmãos que iam perecer, enquanto vagueavam devido à sua descrença. Mas DEUS ha­via prometido, "Vós entrareis." Quem entrará na terra agora? Não foi lido para nós o testemunho de que Israel estava nas fronteiras de Canaã, como estamos? Quem entrará? Aqueles que "fazem um forte relatório em favor da ação imediata." Eles entrarão; DEUS assim o diz. Pode ser que os tímidos, que duvidam, demorem-se, e façam a causa de DEUS retardar. Mas não receeis, DEUS prometeu que entraremos; os Calebes entrarão. Isto está decla­rado.

            "Enquanto os egoístas, amantes da comodidade, apavorados, temendo os altos gigantes e muralhas ina­cessíveis, clamam por retirada, que a voz de Calebes seja ouvida, mesmo que os covardes levantem-se com pe­dras na mão, prontos para apredrejá-los por seus testemunhos."

            Para que estamos aqui? Tivemos em nossas licões até aqui que não devemos temer os poderes deste mundo e os poderes dos inimigos que levantar-se-ão contra nós e contra a causa de DEUS. Vimos isso nas licões aqui. Ora, isto nos leva ao ponto onde devemos permanecer fiéis à mensagem de DEUS, e não ficar com medo de adventistas do sétimo dia covardes. Eis onde DEUS quer que fiquemos. Ele quer que saibamos qual é a mensa­gem agora. Ele quer que demos a mensagem como é agora, e se há aqueles que nos bateriam com pedras e bas­tões, e nos ultrajassem ou algo semelhante, agradecei a DEUS que agora é o tempo para "ação imediata".

            Outra palavra ou duas desse Special Testimony, p. 6: -

            "Foi-me mostrado que as loucuras de Israel nos dias de Samuel serão repetidas hoje entre o povo de DEUS, a menos que haja maior humildade, menor confiança no eu, e mais confiança no SENHOR DEUS de Isra­el, o governante do povo."

            No mesmo capítulo leio novamente: -

            "Eles devem ser talhados pelos profetas com reprovação, advertência, admoestação, e conselho, para que possam ser moldados de acordo com o Padrão divino."

            Na página 4, lemos novamente: -

            "O mundo não deve ser nosso critério. Que DEUS opere, que a voz de DEUS seja ouvida. Aqueles em­pregados em qualquer departamento da obra, pelos quais o mundo pode ser transformado, não devem entrar em aliança com os que não conhecem a verdade. O mundo não conhece o PAI ou o Filho, e não tem discernimento espiritual quanto ao caráter de nossa obra, e sobre o que faremos ou não faremos. Devemos obedecer as ordens que vêm de cima. Não devemos ouvir o conselho ou seguir os planos sugeridos pelos descrentes. Sugestões feitas pelos que não conhecem a obra que DEUS está fazendo para este tempo, serão tais para enfraquecer o poder das instrumentalidades de DEUS. Ao aceitar tais sugestões, o conselho de CRISTO é declarado nulo."

            Para que essa advertência? Há qualquer perigo de seguirmos caminhos mundanos? Se não houvesse peri­go, DEUS não teria dito que existe. Há algum perigo de nos aliarmos com as organizações mundanas ou tomar­mos seu modelo? Uma pessoa ascende a uma organização mundana e é seu administrador, e então porque mos­tram um pouco de sucesso devido à "temperança" ou "moralidade" ou algo disso, pensamos que podemos fazer uma cópia delas e tomar seus planos.

            DEUS tem algo melhor do que isso. Ele quer que ouçamos os planos que vêm de cima. Ele nos disse há tempos que embora algumas dessas organizações possam ter coisas que eram em si mesmas boas o sufuciente - temperança Ele menciona como uma delas - mas enquanto elas forem aliadas à marca da besta, instituições domi­nicais, trabalhando para aquilo, e por leis para compelir o povo, e forçar a consciência, não podemos nos unir com eles. Esse testemunho tem estado ali todos estes oito anos que eu saiba; nove anos agora aproximadamente. O que o SENHOR quer, é nós, e a questão agora é, neste tempo, ter-nos-á Ele? Ter-nos-á Ele para nos usar? Se­remos completamente à Sua vontade? E ouviremos as ordens de cima, e as obedecermos?

            Há uma palavra sobre este ponto no volume um de Testimonies, p. 183, falando da causa quando o alto clamor começar: -

            "Todos pareciam ter um profundo senso de sua indignidade, e manifestavam inteira submissão à vontade de DEUS."

            Na página 2 do Testimony, "O Perigo de Adotar Políticas Mundanas na Obra de DEUS," leio estas pala­vras: -

            "'Tenho porém contra ti, que deixaste o teu primeiro amor: Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e faze as primeiras obras; ou senão virei a ti rapidamente, e removerei teu castiçal de seu lugar, a menos que te arrependas.'  Aquele que chorou sobre o impenitente Israel, notando sua ignorância de DEUS, e de CRISTO seu Redentor, olhou para o coração da obra em Battle Creek. [Mas, irmãos, estamos em Battle Creek agora, e isto significa nós. Esse mesmo Redentor está agora nos observando.] Grande perigo estava ao redor do povo, mas alguns não o conheciam. Descrença e impenitência cegaram seus olhos, e eles confiaram na sabedoria humana como guia dos mais importantes interesses da causa de DEUS."

            E do Testemunho entitulado "Aos Irmãos em Posições de Responsabilidade", p. 10, leio: -

            "A apostasia original começou com a descrença e negação da verdade. Devemos fixar o olho da fé fir­memente sobre JESUS. Quando os dias vierem, como certamente virão, nos quais a lei de DEUS será tornada nula, o zelo dos verdadeiros e leais deve levantar-se com a emergência, e devem ser mais fervorosos e decididos, e seu testemunho deve ser mais positivo e resoluto."

            Na página 12, lemos: -

            "Há aqueles que têm se orgulhado de seu grande cuidado em receber 'nova luz', como a chamam; mas estão cegados pelo inimigo, e não podem discernir as obras e caminhos de DEUS. Luz, preciosa luz, vem do céu, e eles se arregimentam contra ela. O que acontecerá depois? Esses mesmos aceitarão mensagens que DEUS não enviou, e assim se tornarão mesmo perigosos para a causa de DEUS, porque se estabelecem em falsos padrões."

            E novamente,

            "Eles necessitam da unção celestial para que possam compreender que é luz e verdade."

            Isto significa vós e eu. Isto significa eu especialmente.

            Eu vos digo, uma boa coisa a fazer, se ainda não o fizeste é ler aquele artigo de primeira-página na Revi­ew de 7 de fevereiro de 1893, "Buscai Primeiro o Reino de DEUS". Fala bem claro sobre este assunto. Lerei al­gumas sentenças: -

            "Colocarmo-nos numa posição onde tenhamos a aparência de submissão, é uma nova situação para este povo. É uma nova experiência, um afastamento dos princípios aos quais temos aderido, os quais nos fizeram o que somos hoje, um povo que DEUS prosperou, um povo que tem o SENHOR dos Exércitos com eles... Vós que tendes conexão com coisas sagradas, DEUS vos ordena para serdes cuidadosos onde colocais vossos pés. Ele vos tem por responsáveis pela luz da verdade, que ela brilhe em claros e distintos raios para o mundo. O mundo nun­ca vos ajudará por seus artifícios para permitir que vossa luz brilhe... Todos que mantêm a verdade devem mantê-la em justiça, e apreciar seu valor e santidade... Necessitamos de divina sabedoria e habilidade para que possa­mos aproveitar cada oportunidade que a providência de DEUS preparar para a apresentação da verdade."

            Aproveitar a oportunidade, não traí-la, não falhar quando a oportunidade é oferecida, porque não estais preparados. Para que estamos aqui se não estivermos preparados? Que devemos nós como ministros - como minis­tros adventistas do sétimo dia, ministros para levar a mensagem do terceiro anjo - para que estamos aqui, se não estamos preparados, quando DEUS nos chama e dá uma oportunidade?

            "Não permitamos que o temor do homem, o desejo de patrocínio, obscureça um raio da luz celestial. Se os sentinelas da verdade falharem agora em soar a advertência, eles seriam indignos de suas posições como por­tadores da verdade para o mundo; mas se o estandarte cair de suas mãos, o SENHOR levantará outros que serão fiéis e leais.

            "Requererá coragem moral fazer a obra de DEUS resolutamente. Aqueles que o fazem não podem dar lugar ao amor próprio, a considerações egoístas, ambição, amor ao sossego, ao desejo de evitar a cruz... Alguns podem aparentemente engajar-se no conflito de qualquer lado. Eles podem não parecer tomar partido contra a verdade, mas eles não sairão corajosamente por CRISTO, por temor de perder propriedade ou de sofrer deboche. Todos esse são numerados com os inimigos de CRISTO."

            O tempo chegou quando os amigos de CRISTO devem ser conhecidos. E se é um adventista do sétimo dia que é chamado em interrogatório por sua posição em CRISTO e na mensagem, que sua amizade em CRISTO seja conhecida, por colocar-se ao lado de JESUS.

            Agora temos uns poucos minutos para falar sobre como nos mantemos nesta posição, como esses perigos vieram a nós.

            Lembrai-vos da outra noite quando eu lia o segundo capítulo de Joel, aquele dos irmãos, quando li o ver­so 23, - o irmão Corliss - chamou atenção para o texto de rodapé. Lembrai-vos daquilo? E eu disse que faríamos uso do texto da margem em outra ocasião. Agora todos vós retornai e lede a margem. O verso 23 diz: "Alegrai-vos, então, vós filhos de Sião, e regozijai-vos no SENHOR vosso DEUS: pois Ele tem-vos dado a chuva temporã, o ensinador da justiça." [as traduções variam]. Qual é a margem? "Um ensinador/mestre da justiça". Como? "De acordo com a justiça." "E Ele vos fará descer a chuva;" então o que será isto? Quando Ele deu a chuva temporã, que foi aquilo? "O ensinador da justiça". E quando Ele der a chuva serôdia, que será aquilo? "Um ensinador da justiça". Como? "De conformidade com a justiça". Então não é isto exatamente o que o Testemunho nos disse naquele artigo que vos foi lido várias vezes? "O alto clamor do terceiro anjo," a chuva serôdia já começou, "na mensagem da justiça de CRISTO". Não foi isto que Joel nos disse há muito tempo? Não conservam nossos olhos o que não vimos? Não necessitam de unção? Irmãos, o que no mundo precisamos mais do que aquilo? Quão conten­tes devemos estar porque DEUS enviou Seu próprio ESPÍRITO nos profetas para nos mostrar quando não enxer­gamos! Quão infinitamente gratos devemos ser por isso!

            Ora, então a chuva serôdia - o alto clamor - de acordo com o Testemunho, e de acordo com a Escritura, é "o ensino da justiça", e "de acordo com a justiça", também. Agora irmãos, quando esta mensagem da justiça de CRISTO começou conosco como um povo? [Um ou dois na audiência: "Três ou quatro anos atrás."] Qual o foi, três? ou quatro? [Congregação: "Quatro".] Sim, quatro. Onde foi aquilo? [Congregação: "Mineápolis."] O que então os irmãos rejeitaram em Mineápolis? [Alguém da congregação: "O alto clamor."] Que é esta mensagem da justificação? O Testemunho nos tem dito o que ela é: o alto clamor - a chuva serôdia. Então o que os irmãos na­quela terrível posição na qual ficaram, rejeitaram em Mineápolis? Eles rejeitaram a chuva serôdia - o alto clamor da mensagem do terceiro anjo.

            Irmãos, não é isto mau? De certo os irmãos não sabiam que estavam fazendo aquilo, mas o ESPÍRITO do SENHOR estava lá para dizer-lhes o que estavam fazendo, não foi? Mas quando eles estavam rejeitando o alto clamor, "o ensino da justiça", e então o ESPÍRITO SANTO do SENHOR, por seu profeta [E.G. White estava presente em Mineápolis], levantou-se lá e nos disse o que eles estavam fazendo - o que aconteceu? Oh, então eles simplesmente colocaram esse profeta de lado com todo o resto. Essa foi a próxima coisa. Irmãos, é o tempo para pensar sobre essas coisas. É o tempo para pensar sobriamente, pensar cuidadosamente.

            Na página 8 de "O Perigo em Adotar Política Mundana na Obra de DEUS", leio o seguinte: -

            "Como Intercessor e Advogado do homem, JESUS guiará a todos os que desejam ser guiados, dizendo, 'Segui-Me para cima, passo a passo, onde a clara luz do Sol da Justiça brilha'. Mas nem todos estão seguindo a luz. Alguns estão se afastando do caminho seguro, que a cada passo é o caminho da humildade. DEUS confiou a Seus servos uma mensagem para este tempo; mas esta mensagem não coincide em cada particular com as idéias de todos os líderes, e alguns criticam a mensagem e os mensageiros. Eles ousam mesmo rejeitar as palavras de reprovação lhes enviadas por DEUS através de Seu ESPÍRITO SANTO."

            Sabeis quem o foi. Não vos quero dizer para olhar a alguém mais. Sabeis se vós mesmos estáveis naquilo ou não. E, irmãos, o tempo chegou para pegar nesta noite o que rejeitamos lá. Nem uma alma de nós jamais foi capaz de ainda sonhar a maravilhosa bênção que DEUS tinha para nós em Mineápolis, e a qual estaríamos desfru­tando estes quatro anos, se os corações estivessem prontos para receber a mensagem que DEUS enviou. Estaría­mos quatro anos na frente, estaríamos no meio das maravilhas do próprio alto clamor, nesta noite. O ESPÍRITO de Profecia não nos disse naquela ocasião que a bênção estava pairando sobre nossas cabeças? Bem, irmãos, sabeis. Cada um por si mesmo - não devemos começar a examinar um ao outro, examinemo-nos a nós mesmos. Cada um por si mesmo sabe que parte teve naquela coisa; e o tempo veio para desarraigar o negócio todo. Irmãos, o tempo chegou para desarraigar a coisa toda. Lerei outra passagem sobre aquilo presentemente. Leio novamente: -

            "Que poder de reserva tem o SENHOR com o qual alcançar aqueles que lançaram de lado Seus avisos e reprovações, e que têm atribuído aos testemunhos do ESPÍRITO de DEUS uma fonte não mais elevada que a sa­bedoria humana? No juízo, que podeis vós, que tendes feito aquilo, oferecer como desculpa por voltardes as cos­tas à evidência, que Ele nos tem dado, de que DEUS estava naquela obra? 'Pelos seus frutos os conheceis'. Não quero agora recitar diante de vós as evidências dadas, nos passados dois anos, nas condutas de DEUS por Seus servos escolhidos [Jones e Waggoner]." 

            Esse testemunho foi dado no outono de 1890, em 3 de novembro. Dois anos daquilo nos leva ao outono de 1888, no mês de novembro, e isso foi em Mineápolis, na própria ocasião quando as coisas foram feitas. Há meia dúzia de irmãos neste salão, sim, talvez uma dúzia deles, os quais, em outra ocasião, após Mineápolis, num instituto, ouviram o ESPÍRITO de DEUS reprovar e repreender em palavras abertas, que o espírito de Mineápo­lis, que houve naquele instituto onde estiveram, e disse claramente que fora "o espírito de Satanás." Isto foi na próxima primavera após Mineápolis ter ocorrido.

            Mas continuo: -

            "Mas a presente evidência de sua obra vos é revelada, e não estais na obrigação de crer. Não podeis negligenciar a mensagem de advertência de DEUS, não podeis rejeitá-las e tratá-las levemente, senão ao perigo de infinita perda. Cavilar, ridicularizar e representar mal podem ser tolerados somente às expensas do aviltamen­to de nossas próprias almas. O uso de tais armas não ganha preciosas vitórias para nós, mas em vez disso rebai­xa a mente e separa a alma de DEUS. Coisas sagradas são rebaixadas ao nível comum, e uma condição de coisas é criada que agrada o príncipe das trevas, e entristece o ESPÍRITO de DEUS. Cavilar e criticar deixa a alma tão destituída do orvalho da graça como os montes de Gilboa estavam destituídos da chuva. Confiança não pode ser colocada no julgamento dos que entregam-se ao ridículo e deturpação. Nenhum peso pode ser vinculado ao seu conselho ou resolução. Deveis portar as credenciais divinas antes de fazerdes decididos movimentos ou moldardes o trabalho da causa de DEUS.

            "Acusar e criticar os que DEUS está usando, é acusar e criticar ao SENHOR que os enviou. Todos pre­cisam cultivar suas faculdades religiosas para que possam ter um correto discernimento das coisas religiosas. Alguns falharam para distinguir entre o ouro puro e o mero brilho, entre a substância e a sombra."

            Antes de eu ler o próximo parágrafo, quero ler dois parágrafos deste testemunho que ainda não foi publi­cado: -

            "As falsas idéias que foram largamente desenvolvidas em Mineápolis, não foram inteiramente desarrai­gadas de algumas mentes. Os que não fizeram obra completa de arrependimento sob a luz que DEUS Se agradou de dar a Seu povo desde aquele tempo [1888], não verão as coisas claramente, e estarão prontos para chamar a mensagem que DEUS envia, uma ilusão."

            Irmãos, que maior perigo poderia haver diante de nós do que esse no qual fomos levados pelo caminho aqui apontado e contra o qual adverte - o perigo de trairmos propósitos santos e sagrados, o perigo de trairmos nossos irmãos, e levá-los para lugares e posições onde eles terão de suportar terríveis cargas que o inimigo colo­cará sobre nós e com elas nos perseguirá?

            Há outra afirmação sobre o mesmo assunto que lerei: -

            "Devemos ser o último povo sobre a terra a indulgir no mais leve grau com o espírito de perseguição contra os que estão portando a mensagem de DEUS ao mundo. Essa é a mais terrível característica de falta de cristianismo que se tem manifestado entre nós desde a reunião de Mineápolis. às vezes isto será visto em seu ver­dadeiro aspecto, com todas as cargas de desgraça que disso resulta."

            Irmãos, DEUS está entrando em zelo sobre essa coisa. É o tempo para vós e eu buscarmos a DEUS ago­ra, enquanto a misericórdia ainda se prolonga, para que possamos ser capazes de ver o peso da desgraça em toda a sua enormidade, enquanto ainda há misericórdia para nos libertar disso. DEUS nos chama para si.

            Agora este parágrafo adicional, do Special Testimonies: -

            "Os preconceitos e opiniões que prevaleceram em Mineápolis não estão mortos de modo algum; as se­mentes semeadas lá em alguns corações estão prontas para brotar e dar colheita semelhante. Os topos foram cor­tados, mas as raízes nunca foram erradicadas, e elas ainda portam seu fruto não santo para envenenar o julga­mento, perverter as percepções, e cegar o entendimento daqueles com os quais vos ligais, com relação à mensa­gem [da justificação pela fé] e aos mensageiros [Jones e Waggoner]. Quando através de cabal confissão, destru­irdes a raiz de amargura, vereis a luz na luz de DEUS. Sem essa obra completa nunca limpareis as vossas almas."

            Irmãos, limpareis assim as vossas almas, e abrireis o caminho para o SENHOR enviar Seu ESPÍRITO no derramamento da chuva serôdia?

            "Necessitais estudar a palavra de DEUS com um propósito, não para confirmar vossas próprias idéias, mas para trazê-las para serem apuradas, condenadas ou aprovadas, conforme estejam ou não em harmonia com a palavra de DEUS. A Bíblia deve ser a vossa constante companhia. Deveis estudar os Testemunhos, não colher certas sentenças para usá-las como vedes se ajustar, para fortalecer vossas asserções, enquanto desconsiderais as mais claras afirmações dadas para corrigir vosso curso de ação.

            "Tem havido entre nós um afastamento de DEUS, e a obra zelosa de arrependimento e retorno ao nosso primeiro amor, tão essencial à restauração para DEUS e regeneração do coração, ainda não foi feita. A infideli­dade tem estado fazendo suas incursões nas fileiras; pois é moda afastar-se de CRISTO, e dar lugar ao ceticismo. Com muitos o clamor do coração tem sido, 'Não teremos Esse Homem a reinar sobre nós.' Baal, Baal, é a esco­lha. A religião de muitos entre nós será a religião do apóstata Israel, porque eles amam seus próprios caminhos e abandonam o caminho do SENHOR. A verdadeira religião, a única religião da Bíblia, que ensina o perdão uni­camente através dos méritos de um Salvador crucificado e ressurreto, que advoga a justiça pela fé no Filho de DEUS, tem sido negligenciada, combatida, ridicularizada e rejeitada. Tem sido denunciada como conduzente ao entusiasmo e fanatismo. Mas ela é a vida de JESUS CRISTO na alma, é o princípio ativo do amor repartido pelo ESPÍRITO SANTO, que somente fará a alma frutífera para boas obras. O amor de CRISTO é a força e poder de cada mensagem de DEUS que mereça cair sobre lábios humanos. Que espécie de futuro está diante de nós, se falharmos em adentrar para a unidade da fé?"

            Houve a questão que estava diante de nós na última moite, - a unidade da fé. Quando os primeiros discí­pulos se juntaram como uma pessoa, e oraram como uma pessoa, e viram-se olho a olho, então o ESPÍRITO SANTO veio sobre eles e essa é a coisa que é colocada diante de nós.

            Irmãos, não digo estas coisas para achar falta, ou condenar; mas as digo no temor de DEUS, para que cada um de nós possa saber onde nos posicionamos. E se houver qualquer daquelas raízes de Mineápolis demo­rando-se estes quatro anos, ou qualquer fragmento daquilo, e tem havido colheitas dessa posição de quatro anos, vejamos para que nós aqui e agora desarraiguemos a coisa inteira, e prostremo-nos aos pés de CRISTO com ape­nas esta súplica, - "Sou desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu, e não o sei." Aqui é onde estamos.

            Sei que lá [Mineápolis] alguns aceitaram a mensagem; outros a rejeitaram inteiramente. Vós sabeis a mesma coisa. Outros tentaram ficar equidistantes, e ficaram assim; mas não é esse o caminho para se estar, ir­mãos; esse não é o modo que é recebido. Eles pensam que tomaram o curso intermediário, e embora não o te­nham recebido exatamente, ou exatamente se comprometido a isso, ainda estão desejosos de ir para qualquer ca­minho que a maré se voltar afinal; para qualquer caminho a que o corpo se tornasse eles queriam seguir.

            Desde aquela ocasião, outros viram que DEUS está movendo o corpo da causa para frente nesta mesma linha, e se propuzeram a ir junto com o corpo, e o vêem se movendo desse modo. Irmãos, necessitais conseguir aquela justiça de JESUS CRISTO para mais perto de nosso coração do que aquilo. Todo homem precisa conseguir a justiça de DEUS mais próximo dele, do que simplesmente ponderar as coisas e comprometer-se entre partidos, ou eles nunca verão ou conhecerão a justiça de DEUS de modo nenhum.

            Outros tem-na favorecido aparentemente, e falariam favoravelmente dela quando tudo estivesse desse modo; mas quando na fúria daquele espírito - aquele espírito descrito lá como o espírito de perseguição - quando aquele espírito levantar-se em sua ferocidade e fizer guerra contra a mensagem da justificação pela fé, em vez de se colocar nobremente, no temor de DEUS, e declarar diante daquele ataque, "é a verdade de DEUS, e creio nela em minha alma," eles começariam a render-se e num modo apologético, a oferecer desculpas para aqueles que a estavam pregando, como se fosse um assunto apenas de pessoas dos homens, a ser mantido em vantagem por cau­sa da admiração.

            Irmãos, a verdade de DEUS não precisa de apologia. O homem que prega a verdade de DEUS não preci­sa de apologia. A verdade de DEUS quer vossa fé; isto é o que ela quer. Tudo que a verdade de DEUS necessita é que vós e eu creiamos nela, e recebamo-la em nossos corações, e a mantenhamos em face de todos os ataques que possam ser feitos contra ela; e que fique conhecido que permanecereis ao lado dos mensageiros que DEUS envia a pregar, não porque eles são pessoas corretas, mas porque DEUS os envia com uma mensagem.

            Aquilo, contudo, é senão uma amostra. Haverá coisas a virem que serão mais surpreendentes do que a­quilo foi aos de Mineápolis, - mais surpreendentes que qualquer coisa que jamais vistes. E, irmãos, ser-nos-á re­querido receber e pregar aquela verdade. Mas a não ser que vós e eu tenhamos cada fibra daquele espírito desar­raigada de nossos corações, trataremos a mensagem e o mensageiro pelo qual ela é enviada, como DEUS declarou que trataram aquela outra mensagem [a de Mineápolis].

            Lerei o equilíbrio deste testemunho no volume 1, dos Testimonies, p. 186, 187, e então encerrarei por esta noite: -

            "DEUS provará Seu povo. JESUS os suporta pacientemente, e não os vomitará de Sua boca num momen­to. O anjo disse, 'DEUS está pesando Seu povo'. Se a mensagem fosse de curta duração como muitos supuzeram, não haveria tempo para eles desenvolver o caráter. Muitos comoveram-se com sentimentos, não por princípio e fé, e esta solene, terrível mensagem os agitou. Operou sobre seus sentimentos, e excitou seus temores, mas não realizou a obra que DEUS a designara fazer. DEUS lê o coração. A não ser que o povo de DEUS deva ser enga­nado em relação a si mesmos, DEUS lhes dá tempo para o excitamento passar, e então os prova para ver se obe­decerão o conselho da Testemunha Verdadeira."

            Assim, não fiquemos cançados de buscar a DEUS neste conferência, e se a bênção não vier num dia, ou numa semana, ou num mês, conservemo-nos no caminho, pois DEUS disse que ela virá.

            Novamente leio na página 187: -

            "DEUS conduz Seu povo passo a passo. Ele os leva a diferentes pontos calculados para manifestar o que está no coração. Alguns resistem num ponto, mas caem no seguinte. Em cada ponto avançado o coração é testado e provado um pouco mais de perto. Se o professo povo de DEUS acha seus corações opostos a esta grande obra, isso deve convencê-los que têm uma obra a fazer para vencer, se não quiserem ser vomitados da boca do SE­NHOR. Disse o anjo, 'DEUS trará Sua obra para mais perto para testar e provar cada um de Seu povo.' Alguns estão desejosos de receber um ponto; mas quando DEUS os leva para um outro ponto de teste, eles recuam e fi­cam atrás, porque acham que aquilo fere diretamente algum ídolo acariciado."

            Tudo isto eu mesmo tenho visto em casos individuais, vez após vez, desde a Conferência de Mineápolis.

            "Aqui eles têm oportunidade de ver o que está no coração deles que deixa JESUS de fora. Eles prezam algo mais alto que a verdade, e o coração deles não está preparado para receber a JESUS. Os indivíduos são tes­tados e provados por um espaço de tempo para ver se eles sacrificarão seus ídolos, e ouvirão ao conselho da Tes­temunha Verdadeira. Se alguém não for purificado pela obediência à verdade, e vence seu egoísmo, seu orgulho, suas paixões, os anjos de DEUS têm a ordem, 'Eles estão unidos a seus ídolos, deixai-os', e eles prosseguem sua obra, deixando aqueles com seus traços pecaminosos não subjugados, ao controle dos anjos maus. Aqueles que chegam a cada ponto, e suportam a cada teste, e vencem, seja o preço qual for, ouviram ao conselho da Teste­munha Verdadeira, e receberão a chuva serôdia, e assim serão qualificados para a trasladação."

            Irmãos, eis aqui onde estamos. Ajamos assim. Agradeçamos a DEUS por Ele ainda estar nos conduzin­do, para nos salvar de nossos erros, para nos salvar de nossos perigos, para nos livrar de caminhos errados, e para derramar sobre nós a chuva serôdia, para que possamos ser transladados. Isto é o que a mensagem significa - transladação - para vós e para mim. Irmãos, que a recebamos de todo coração, e agradeçamos a DEUS por ela.