A mensagem de Waggoner e Jones

Todos os sermões e livros escritos sobre Waggoner e Jones em português que a Igreja Adventista do Sétimo Dia e a IASD movimento de reforma escondem de seus membros.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O QUE É SAIR DE BABILÔNIA?


Sermões nº 11 apresentado na
reunião da Conferência Geral de 1895
A.T. Jones

O QUE É SAIR DE BABILÔNIA?

O QUE SIGNIFICA DEIXAR O MUNDO?


            Começaremos este estudo com a passagem que estivemos estudando na noite passada: Tiago 4:4. Desejo especialmente que todos analisem estes versos por si mesmos e estudem cuidadosamente o que dizem. Nos tempos que atravessamos e à posição a que temos sido trazidos pelas evidências que não podemos evitar e contra que é impossível fechar os olhos, sei que nunca me dediquei a um estudo da Bíblia em minha vida como o faço com este desta noite, e desejo que todos submetam toda faculdade à direção do ESPÍRITO de DEUS, com o espírito inteiramen­te submetido a DEUS, para que Ele nos guia  aonde deseja nos levar.
            "Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de DEUS? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de DEUS".
            Desejamos assinalar particularmente a indagação: "não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de DEUS?" Segue-se, portanto, que a única possibilidade de qualquer alma neste mundo de ser separada deste mundo, e assim de Babilônia,  é ter essa inimizade destruída. Pois, digo novamente, a amizade do mundo não é inimizade com DEUS. Mas não é isto; é a coisa em  si--é "inimizade". E a inimizade contra DEUS, aquilo que é inimizade com DEUS, nos coloca em inimizade com Ele. Os homens podem ser reconciliados com DEUS por terem a inimizade removida, mas a própria inimizade nunca pode ser reconciliada com DEUS. E a humanidade, cuja ini­mizade a coloca em inimizade com DEUS, reconcilia-se com DEUS unicamente pela remoção da própria inimizade.
            Temos a chave para toda a situação no fato de que a amizade do mundo é inimizade com DEUS. "A ami­zade do mundo", e "a inimizade" são idênticas; um homem não pode ter a inimizade sem a amizade do mundo, pois assim é--a amizade com o mundo nela está.
            Portanto, novamente afirmo: A única esperança de que um homem se separe do mundo, como requerido pelas Escrituras e que nossos tempos requerem como nunca antes no mundo (se puder haver qualquer diferença) é ter essa inimizade removida. Isso é tudo quanto temos que buscar, tudo que há para ser feito, pois quando isso se der, estaremos livres.
            No capítulo oitavo de Romanos esse mesmo aspecto é mencionado, começando com o verso sétimo. "Os que estão na carne", ou, como consta do original grego, "a mente da carne é inimizade contra DEUS; pois não está sujeita à lei de DEUS, nem na verdade pode estar". Isso torna enfático o pensamento apresentado em ligação com o outro texto, de que não há possibilidade dessa inimizade ser reconciliada com DEUS. Nada pode ser feito com ela, mas removê-la, destruí-la. Nada pode ser feita por ela em absoluto. Algo pode ser feito com ela, mas nada pode ser feito por ela, e pela razão de que é contra DEUS; não está sujeita à lei de DEUS, nem em verdade pode estar. Não pode ser submetida à lei de DEUS. O próprio DEUS não pode tornar a mente carnal, a mente da carnalidade, sujeita a Sua lei. Isso não pode ser feito. Isso não é dito com irreverência ao SENHOR ou limitando o Seu poder, mas não pode ser feito. DEUS pode destruir a impiedade e tudo quanto a acarretou, mas Ele não pode fazer nada por ela, reformá-la ou torná-la melhor.
            "Portanto, os que estão na carne não podem agradar a DEUS". Contudo, este mundo é inteiramente da carne: "Mas vós não sois do mundo", pois, declara o SENHOR, "Eu vos chamei do mundo". Ele separou o cristão da carne, dos caminhos da carnalidade, dos da mente carnal e do domínio da carne. Isso nos separa do mundo por separar-nos daquilo que por si mesmo nos prende ao mundo. Nada, a não ser o poder de DEUS, pode fazer isso.
            Agora, remontemos brevemente ao tempo em que DEUS fez o homem. Gênesis 2. Quando DEUS fez o homem, Ele pronunciou a respeito dele, bem como de todas as demais coisas que havia feito, não simplesmente bom, mas "muito bom". Daí o homem, o primeiro Adão, tal como se apresentava, alegrava-se em ouvir a voz de DEUS. Ele se deleitava com a Sua presença; todo o seu ser respondia jubilosamente a Seu chamado.
            Mas surgiu alguém mais no Jardim do Éden e lançou desconfiança a respeito de DEUS nas mentes daque­les seres. A serpente disse à mulher: "É assim que DEUS disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respon­deu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse DEUS: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque DEUS sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como DEUS, sereis conhecedores do bem e do mal".
            A insinuação teve o seu efeito: O próprio DEUS sabe que não é assim, e sabe que não foi assim que Ele dissera; isso mostra que havia algo por detrás. Fica insinuado que Ele não trata com você de modo justo. Ele não deseja que esteja onde isso possa trazê-lo. Ele não deseja que tenha o que isso lhe propiciará. Ele sabe o que isso fará para você a não deseja que assim seja, e é por isso que diz: Não faça isso. Suas sugestões foram dadas e tão logo foram acatadas, ela julgava que agora via o que antes não conseguia ver e aquilo que de fato não era verda­de. Como o SENHOR os fez e tencionou que assim permanecessem, eles deviam receber toda sua instrução e todo o seu conhecimento de DEUS. Deviam ouvir a Sua palavra, e aceitar essa palavra e permitir-lhe que os guiasse e ne­les vivesse. Assim, eles teriam a mente de DEUS; pensariam os pensamentos de DEUS por terem a Sua palavra, expressiva de Seus pensamentos, neles permanecendo. Mas ali havia outra mente, diretamente oposta, a que de­ram ouvidos. Outras sugestões foram aceitas. Outros pensamentos foram permitidos. Outras palavras foram rece­bidas, acatadas e obedecidas, de modo que a mulher viu "que a árvore era boa para se comer". Era a árvore boa para se comer? Não. Mas por dar ouvidos àquelas palavras ela viu coisas que não eram daquela forma. Ela viu as coisas numa maneira que não foram vistas antes e nunca poderiam ter sido vistas à luz de DEUS. Mas ao submeter-se a essa outra mente ela viu coisas sob uma ótica inteiramente falsa. Ela viu que a árvore era boa para se comer e uma árvore a ser desejada como fonte de sabedoria para alguém. Não se tratava de nada disso. Contudo, foi assim que ela entendeu.
            Isso revela o poder de engano que há nas palavras e métodos de Satanás que fez aquelas sugestões naque­le tempo. Certamente na medida em que alguém inclina sua mente nessa direção ou tem algo em sua mente que de si mesma se inclinaria naquele rumo, isto dá a Satanás uma chance de operar e levar essa pessoa a ver coisas dum modo errado, levando-a a ver coisas como sendo as únicas necessárias, o que não é verdadeiro em absoluto e não somente são desnecessárias, mas absolutamente falsas em todo aspecto.
            Quando Eva "viu" tudo isso, foi somente a conseqüência natural. "Tomou-lhe do fruto e comeu, e deu também ao marido, e ele comeu".
            Examinem o registro um pouco mais detidamente. O verso oitavo: "Quando ouviram a voz do SENHOR DEUS, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR DEUS". Qual foi a causa disso? Havia algo a respeito deles que evitaria a presença de DEUS, algo que não estava em harmonia com DEUS e os levou a esconder-se, antes que a acolhê-Lo.
            "E chamou o SENHOR DEUS ao homem, e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo e me escondi. Perguntou-lhe DEUS: Quem te fez saber que estavas nu?" Agora a pergunta: "Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?" E ele disse: Sim, comi, e estou in­clinado a pensar que isso não foi exatamente correto. Sinto muito. Foi assim que ele fez? Oh, não. A pergunta é: "Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?" Não comera ele? Certamente que sim. Por que ele não disse: Sim? Quanto à questão do "por que", prosseguirei um pouco mais com a lição e então formularei essa inda­gação novamente, e então todos veremos por quê.
            O fato é que ele não respondeu sim. Contudo, essa seria a única resposta para a qual haveria lugar. Mas ele disse: "A mulher  que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi". Finalmente, admitia ele envol­vimento no caso. Mas como teria se metido nisso? Foi numa última hipótese. A mulher, e até mesmo o próprio SENHOR, terminam tendo a culpa atribuída antes que o homem se permitisse ser tido por culpado. Em tudo isso, ele, em resumo, estava dizendo: "Eu não teria feito isso se não fosse pela mulher, porque ela me deu do fruto; e se essa mulher não estivesse aqui, ela não o teria feito; e se não tiveste colocado esta mulher aqui, ela não estaria aqui. Portanto, se ela não estivesse por aqui, ela não me teria dado a comer, e se não o tivesse feito, não teria comido do fruto. Assim, logicamente, de fato eu comi, mas a responsabilidade vai além de mim". O que deu nele que o levou a implicar todo mundo mais no universo antes de si próprio e antes de admitir que tinha alguma parti­cipação no incidente? Nada mais do que amor ao eu, autodefesa, autoproteção.
            "Disse o SENHOR DEUS à mulher". E entra outra pergunta clara: "Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: Oh, eu apanhei o fruto da árvore e comi dele, e ofereci-o ao meu marido, e ele comeu também, e isso foi lamentável". Não. Ela não disse nada disso. Percebam: A pergunta do SENHOR não foi, "O que fizeste?", mas "Que é isso que fizeste?" (Ele tampouco indagou: "Quem fez isso?", mas "Que é isso que fizeste?"). "Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi". Ela respondeu a pergunta do mesmo modo que ele o fizera. A mesma coisa a levou a recuar ante a pergunta e envolver alguém mais que teria levado Adão àquele ato. Todo mundo deve ser envolvido, menos eles próprios.
            Agora eu pergunto mais uma vez: Por que não responderam de modo direto aquela pergunta direta? Eles não podiam fazer isso. E não podiam fazê-lo porque a mente com a qual agiam, que havia deles tomado posse, que os havia escravizado e dominado sob o seu poder, é a mente que originou a exaltação própria no lugar de DEUS e nunca se permitirá um segundo lugar, mesmo onde DEUS esteja. Todos sabemos que essa é a mente de Satanás, logicamente. Mas lá naquela ocasião, quando começou, sabemos que a coisa que o levou a alcançar a posição onde se postou na época era a exaltação própria.
            Ele volveu seus olhos de DEUS e olhou a si mesmo, deu a si próprio crédito para a grande glória, e o lu­gar onde estava não era suficientemente grande para ele, e precisava exaltar-se. "Acima das estrelas de DEUS exal­tarei o meu trono. . . . subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo". Isso era pecado. O SENHOR o chamou para perdoar-lhe o pecado e sua errônea atitude, a voltar-se para DEUS, aceitando uma vez mais os Seus caminhos. Sabemos que isso é assim, porque está escrito: "DEUS não faz acepção de pessoas". Não há acepção de pessoas com DEUS. E sendo a família celestial e a família terrestre uma só família, sendo que DEUS não faz acepção de pessoas, quando o homem pecou, DEUS lhe deu uma segunda chance e apelou-lhe para que re­tornasse--tão certamente quanto não há acepção de pessoas para com DEUS, assim certamente DEUS deu a Lúcifer uma segunda chance e apelou-lhe para um retorno. Isto é certo. Ele poderia ter-lhe perdoado a conduta errada; ele poderia ter-se arrependido e se submetido a DEUS. Mas em vez de submeter-se, recusou esse chamado, rejeitou o dom de DEUS, recusou renunciar a seus descaminhos e submeter-se a DEUS uma vez mais. E nisso ele simplesmen­te confirmou-se, a despeito de tudo que o SENHOR poderia fazer nesse seu rumo de auto-afirmação. Assim, a mente que estava nele confirma em pecado e rebelião contra DEUS em inimizade--não simplesmente em inimizade; é a própria inimizade: "Não está sujeita à lei de DEUS, nem mesmo pode estar".
            Agora, aquela mente foi aceita por Adão e Eva. E tendo sido aceita por eles, levou consigo o mundo in­teiro, porque eles, nessa aceitação, submeteram este mundo a Satanás e assim ele se tornou o deus deste mundo. Nesse sentido, esta é a mente deste mundo; esta é a mente que controla o mundo. Essa mente de Satanás, a mente do deus deste mundo, é a mente que controla a humanidade como a humanidade é neste e deste mundo e é, por si mesma, "inimizade contra DEUS, pois não está sujeita à lei de DEUS, nem mesmo pode estar".
            Agora, isto é por que Adão e Eva não podiam responder aquela pergunta direta com uma resposta direta. Os homens poderiam responder a pergunta de modo direto agora. Mas naquele tempo não podiam fazê-lo, pela razão de que Satanás havia-os tomado sob sujeição e não havia outro poder para controlá-los. O seu controle era absoluto e ali, naquele momento, era "depravação total". Mas DEUS não os deixou ali. Ele não deixou a raça na­quela condição. Ele a seguir se dirige à serpente: "Porei inimizade entre ti e a mulher". DEUS rompia a cadeia sa­tânica sobre a vontade do homem, libertava uma vez mais o homem para decidir que autoridade ele seguiria, que rei e que mundo teria. Neste mundo, DEUS quebrou o domínio absoluto de Satanás e colocou o homem em liber­dade para escolher que mundo terá. E desde aquela ocasião o homem que escolhesse os caminhos de DEUS e sub­metesse a sua vontade ao controle de DEUS pode responder uma pergunta direta para o SENHOR, de modo que quando o SENHOR vem e indaga: Você agiu assim e assim?, ele pode responder: Sim, sem levar de roldão todo mundo consigo. Isso é confissão de pecado. E assim surgiu a capacidade para confessar pecado e revelar a bendita verdade de que o poder de confessar pecados--arrependimento--é um dom de DEUS.
            Agora, a mente de Satanás sendo a mente deste mundo, a mente que controla o homem natural, é inimi­zade contra DEUS, e coloca o homem em inimizade com DEUS. Não pode ser reconciliada com DEUS, "pois não está sujeito à lei de DEUS, nem mesmo pode estar". A única coisa a ser feita é tirá-la do caminho de algum modo. Se isso pode ser feito, então o homem será reconciliado com DEUS, e então estará bem. Ele se unirá novamente com DEUS e a Palavra de DEUS, os pensamentos de DEUS, as sugestões de DEUS podem alcançá-lo uma vez mais para ser o seu guia e seu poder de total controle. E segundo a coisa não pode ser reconciliada com DEUS, o único que se pode fazer com ela é destruí-la. Então, somente então, e por esse meio podem os homens estar em paz com DEUS e separar-se do mundo. E graças ao SENHOR que Ele nos deu as alegres novas de que está destruído.
            Sobre como isso é feito e como podemos beneficiar-nos com isso abordaremos em outros estudos. Consi­dero boas novas que DEUS nos envia o fato de que a coisa está feita. Então, no que tange a levar-nos ao benefício disso, a alegria disso, a glória disso, e o poder disso, restará ao SENHOR nos conduzir. Sabemos que essa inimiza­de--essa mente do eu e de Satanás--separou o homem de DEUS, mas DEUS abriu o caminho para o homem retornar. O SENHOR deu ao homem uma chance de escolher que mundo teria. E este é o tema integral de nosso estudo. De­vemos deixar este mundo se nalgum tempo tivermos de sair de Babilônia. Foi para dar ao homem uma chance de escolher que mundo preferia que o SENHOR disse a Satanás: "Porei inimizade entre ti" e a descendência da mulher. Assim a única e duradoura pergunta é--que mundo? Que mundo? Que mundo o homem escolherá? E quando DEUS em Sua maravilhosa misericórdia abriu o caminho e nos deu o poder de escolher um mundo melhor do que este, por que teria de haver ainda algum tipo de hesitação?
            Volvamo-nos ao segundo capítulo de Efésios, começando com o primeiro verso, e leiamos as boas novas de que a inimizade contra DEUS está destruída de modo que todos podem estar livres. Comecemos com o primeiro versículo:
            "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados; nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediên­cia".
            Nós caminhamos segundo esse espírito. Que espírito é, então, o que rege os filhos da desobediência? O espírito que controla o mundo, a mente que originou o mal no jardim e que é inimizade contra DEUS. Quem é o príncipe da potestade do ar? O espírito que opera nos filhos da desobediência, o deus deste mundo--que nada tem em JESUS CRISTO, graças ao SENHOR.
            "Entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos".
            A mente deste mundo, sendo deste mundo, naturalmente adere às maneiras do mundo. "Éramos por natu­reza filhos da ira, como também os demais". Nós éramos.
            Antes de ler mais em Efésios, volvamo-nos a Colossenses 1:21: "Outrora éreis estranhos e inimigos no entendimento". Então onde jazia a inimizade que nos tornava inimigos? Na mente, a mente carnal. A mente carnal é inimizade e ao nos controlar nos põe em inimizade e nos torna inimigos--"pelas vossas obras malignas".
            Agora, Efésios 2:11: "Portanto, lembrai-vos de que outrora vós, gentios na carne, chamados incircunci­são"--pelo SENHOR?--Não, mas "por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas". Então aqui estão alguns homens na carne chamando outros homens na carne de certos nomes, fazendo certas distinções entre eles.
            "Naquele tempo estáveis sem CRISTO, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da pro­messa e sem DEUS no mundo".
            Outra passagem em ligação com esta está no quarto capítulo, versos 17 e 18, que leremos antes de pros­seguir mais aqui:
            "Isto, portanto, digo, e no SENHOR testifico, que não mais andeis como também andam os gentios, na vai­dade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de DEUS por causa da ignorân­cia em que vivem, pela dureza dos seus corações".
            Aqueles que estão na carne, afastados de DEUS, estão caminhando na vaidade de suas mentes, sendo alie­nados de DEUS e separados da vida de DEUS. Inimigos mentais; isto é o que éramos. Lendo novamente Efésios 2:13: "Mas agora"--quando? Refiro-me a nós que agora estamos estudando as Escrituras, temos de nos submeter à Palavra de DEUS exatamente como ela é, a fim de que possa nos levar aonde Ele deseja que estejamos. Portanto, eu pergunto, Quando? Agora, bem onde nos encontramos.
            "Mas agora em CRISTO JESUS, vós, que antes estáveis longe". Longe de quem? Longe de DEUS? Ou afasta­dos dos judeus? O verso anterior declara longe de DEUS, "sem DEUS", alienados da vida de DEUS. "Vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados" de quem? De DEUS? ou dos judeus? Aproximados de DEUS, logicamente.
            "Vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados, pelo sangue de CRISTO. Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade". Graças ao SENHOR. Ele "aboliu" a inimizade e podemos separar-nos do mundo.
            "Tendo derrubado a parede da separação que estava no meio"--de quem? Entre os homens e DEUS, cer­tamente. Como Ele o fez? Como quebrou ele o muro de separação de intermeio entre nós e DEUS? Por abolir a inimizade. Bom.
            É verdade, essa inimizade havia operado divisão e uma separação entre os homens sobre a terra, entre a circuncisão e a incircuncisão, entre a circuncisão segundo a carne e a incircuncisão de acordo com a carne. Havia-se manifestado em suas divisões, em fazer erguer-se outro muro entre judeus e gentios--isso é verdade, mas se os judeus tinham tido a DEUS e não se haviam separado dEle, teriam eles jamais edificado um muro entre eles e todos os demais? Não, certamente não, mas em sua separação de DEUS, em suas mentes carnais, na inimizade que havia em suas mentes e na cegueira mediante a descrença  que pusera o véu sobre os seus corações--tudo isso os separa­va de DEUS. E então, devido às leis e cerimônias que DEUS lhes tinha dado, eles se atribuíram crédito de serem do SENHOR e de serem tão melhores do que outras pessoas que até edificaram um grande muro de separação entre eles e outros povos. Mas onde jaz a raiz de tudo isso, como entre eles e outras pessoas? Jaz na inimizade que estava neles e que os separava primeiro de DEUS. E estando separados dEle, a conseqüência segura era que se separariam dos outros.
            "Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um". De ambos feitos quem?--DEUS e os homens, certa­mente. "Tendo derrubado a parede da separação que estava no meio,. . . para que dos dois criasse em si mesmo um novo homem, fazendo a paz".
            Consideremos isto novamente. Tendo abolido a inimizade na Sua carne. Agora, omitindo a cláusula se­guinte (não estamos estudando isto nesta lição), para o quê Ele aboliu essa inimizade? Para quê derrubou esse muro de separação? Por que? "Para que dos dois criasse em Si mesmo um novo homem, fazendo a paz". Cria CRISTO um novo homem a partir de um judeu e um gentio? Não. A partir de um pagão e alguém mais? Não. A partir de um pagão e outro pagão? Não.
            DEUS cria um novo homem a partir de DEUS e um homem. E em CRISTO, DEUS e o homem se encontram de modo a que possam ser um.
            Todos os homens estavam separados de DEUS e em sua separação de DEUS estavam separados uns dos outros. Verdadeiramente, CRISTO deseja trazer todos para juntos uns dos outros; Ele foi introduzido no mundo com "Paz na terra; boa vontade aos homens". Este é o Seu objetivo. Mas gasta Ele o tempo tentando obter esses re­conciliados uns aos outros e tentando destruir todas essas separações entre os homens e levá-los a dizer: "Oh, muito bem, esqueçamos o que passou; agora enterraremos a machadinha; agora começaremos de novo e virare­mos a página e viveremos melhor deste tempo em diante"?
            CRISTO poderia ter feito isso. Se tivesse seguido esse rumo, há milhares de pessoas a quem Ele poderia ter persuadido a fazer assim; milhares a quem Ele poderia persuadir a dizer: "Bem, é lamentável que tenhamos agido desse modo uns para com os outros; não é correto e lamento por isso. Agora vamos todos deixar isso para trás e virar esta página e doravante fazer o melhor". Ele poderia ter levado pessoas a concordar com isso. Mas poderi­am firmar-se nisso? Não. Pois o elemento de iniqüidade ali ainda está que produziu a divisão. O que causou a di­visão? A inimizade, a separação deles de DEUS provocou a separação de uns para com os outros. Então de que no mundo teria valido o próprio SENHOR tentar levar os homens a concordarem pôr de lado suas diferenças sem irem à raiz da questão, livrando-se da inimizade que provocou a separação? A separação deles de DEUS havia forçado uma separação entre eles. E a única maneira de destruir a separação deles de uns para com os outros era necessa­riamente destruir sua separação de DEUS. E isto Ele fez por abolir a inimizade. E nós, ministros, podemos extrair uma lição disto, quando as igrejas nos chamam para tentar resolver dificuldades. Nada temos em absoluto para fazer com a resolução de dificuldades entre os homens como tais. Devemos resolver a dificuldade entre DEUS e o homem e quando isso for feito, toda outra separação cessará.
            É verdade, os judeus em sua separação de DEUS haviam edificado separações extras entre si e os gentios. É verdade que CRISTO desejava eliminar todas aquelas separações e Ele o fez. Mas a única maneira por que Ele o fez e a única forma em que pôde fazê-lo foi destruindo aquilo que os separava de DEUS. Todas as separações entre eles e os gentios se desfariam, quando a separação, a inimizade, entre eles e DEUS tivesse desaparecido.
            Oh, que benditas novas de que a inimizade está abolida! Está abolida; graças ao SENHOR. Agora, portanto, não há necessidade de falharmos na obediência à lei de DEUS. Nenhuma necessidade de qualquer falha em sermos sujeitos a DEUS, pois JESUS CRISTO tirou a inimizade do caminho. Ele aboliu-a, destruiu-a. Ele destruiu o elemento iníquo em que jaz a amizade com o mundo, em que jaz a falta de sujeição a DEUS e falha em sujeitar-se a Sua lei. Desapareceu; em CRISTO isso se foi. Não fora de CRISTO. Em CRISTO se foi, está abolida, aniquilada. Graças ao SENHOR. Isso é verdadeiramente liberdade.
            Isso sempre foi boas novas, logicamente. Mas para mim agora, em vista da situação em que DEUS nos tem mostrado como agora estamos colocados no mundo, essas benditas boas novas têm vindo a mim em recente ocasião como se nunca as tivesse ouvido antes. Vieram-me trazendo tal gozo, tão genuíno deleite cristão que--bem, parece que estou tão feliz quanto um cristão.
            Oh, o bendito fato de que DEUS declara que a coisa que nos separa de DEUS, que nos une ao mundo e que causa toda a miséria, está abolida nEle, que é nossa Paz. Levemos essas boas novas esta noite, regozijemo-nos nelas a noite toda e todo o dia, que DEUS possa conduzir-nos mais e mais nas verdes pastagens e às águas tranqüi­las de Seu glorioso reino a que Ele nos transportou. "Não temais; eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo; é que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é CRISTO, o SENHOR". Gra­ças a DEUS.
.0p� :00ؿ�  � t'>            "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Eles não são do mundo, como Eu não sou do mundo".
            Agora estão esses líderes eclesiásticos da Reforma Nacional professando não serem deste mundo. Se tal profissão for verdadeira, eles agirão como JESUS CRISTO fez quando estava neste mundo com respeito aos assuntos governamentais sobre a Terra. É sobre isso que estamos falando agora. A besta e sua imagem são do mundo. Se esses líderes eclesiásticos estiverem certos, se são da verdade, se forem da verdade de CRISTO, então não mais são do mundo, e não mais interferirão e tomarão parte nos assuntos deste mundo, ou buscarão o controle em questões políticas, mais do que JESUS CRISTO o fez quando no mundo.
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            O perfeito exemplo da autonomia de Auto-Governo e Separação de Governos Mundanos -- O SENHOR JESUS CRISTO
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            E em que extensão Ele o fez? Ele nunca o tocou. Não haveria males em Seus dias que careciam de ser corrigidos? Males em governos municipais? Males no governo colonial? Males no governo imperial? Por que Ele não se dispôs a redimir Jerusalém e Roma por maquinações políticas? Por que não o fez? Porque Ele não era des­te mundo. Então, tão certamente quanto esses estão nisso engajados, demonstram que não são de CRISTO, nem da verdade de CRISTO, mas deste mundo. E sendo deste mundo, contudo professam o nome de Cristianismo, buscando dirigir o cristianismo no molde e forma deste mundo, e isso é anticristo. Leiamos um texto em que temos uma declaração definida sobre este assunto. No livro de Lucas, capítulo 12, verso 13 a 21:
            "Nesse ponto, um homem que estava no meio da multidão Lhe falou: Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança".
            Eis aqui um homem cujos pais haviam morrido, deixando uma herança. Parece que o seu irmão não ha­via agido de modo justo com ele e apelou a JESUS para que falasse com o irmão para que agisse corretamente so­bre a questão. Em princípio JESUS estaria agindo como um magistrado ou árbitro em assuntos deste mundo, com respeito a coisas que pertencem ao governo deste mundo, sentar-se em julgamento a respeito desse caso e decidir o que era direito e orientar as coisas nesse sentido.  É um caso que contém o princípio todo envolvido nas evidên­cias que lemos nos trechos oferecidos nas duas lições prévias. "Mas JESUS lhe respondeu: Homem, quem Me cons­tituiu juiz ou partidor entre vós? Então lhes recomendou:" (Daí JESUS extrai uma lição não só para aquele homem, mas para todos os demais):
            "Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: Destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu pro­duto e todos os meus bens. Então direi à minha alma: Tens em depósito muitos bens para muitos anos: descansa, come e bebe, e regala-te. Mas DEUS lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com DEUS".
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EMBAIXADA DO REINO
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            Agora, quanto à aplicação de outro ponto sobre embaixada: Os embaixadores são enviados de um gover­no, de um reino para outro. Ele não é enviado para lá, como descobrimos ao estudar o ponto anterior, para mani­pular, interferir, ou ter qualquer coisa a ver com os assuntos do governo ou das pessoas à frente desse governo. Ele é enviado a esse país, a esse governo, para servir aos interesses de seu próprio governo, segundo surjam na­quele governo ou país. É para tanto que aqui ele se encontra.
            Há cidadãos britânicos nos Estados Unidos, e há neste país interesses que dizem respeito à Grã-Bretanha, em ligação com seus súditos aqui. Aquele país manda os seus embaixadores aqui, um representante nacional pes­soal, para lidar com os assuntos da Grã-Bretanha, segundo surjam no território deste governo. E para essas coisas somente é que ele deve volver a atenção e dedicar tempo--aos assuntos de seu próprio país, segundo surjam no país onde se acha.
            Assim é que JESUS CRISTO foi enviado como o embaixador de DEUS a este mundo. Ele estava na terra da Judéia, o governo, o domínio e jurisdição de Roma. Foi-Lhe solicitado atender a questões e assumir jurisdição em assuntos que pertenciam àquele outro país. Mas em lugar de aceitar o convite, Ele se apegou às questões relativas a Seu próprio país.
            Pediram-Lhe para agir como juiz e árbitro em coisas que pertenciam inteiramente ao governo em cujo território se encontrava e onde o homem estava. Mas Ele não estava ali para dar atenção a essas coisas. Ele ali se achava para dar atenção aos assuntos do Reino de DEUS, as questões do governo que o enviara. E em vez de cru­zar a linha, e interferir com os assuntos pertencentes à jurisdição deste mundo, Ele foi leal ao Reino a que perten­cia, e ao Rei ao qual representava, e nesse aspecto apegou-se estritamente e deu atenção cuidadosa aos assuntos daquele governo do reino de DEUS, segundo surgiam naquele reino deste mundo.
            DEUS possui pessoas neste mundo. Ele tem interesses neste mundo. O Seu povo tem interesses neste mundo. Isso é verdade. Portanto, DEUS tem embaixadores legais neste mundo, mas eles aqui estão para dar aten­dimento aos assuntos do reino de DEUS e do povo de DEUS, e aos assuntos do Reino de DEUS podem surgir no cur­so das coisas neste mundo, e não absolutamente a quaisquer negócios dos reinos deste mundo. E o embaixador por JESUS CRISTO que atravessa a linha e se põe a dar atendimento às questões deste mundo, abandona o seu pró­prio governo, rompe sua aliança com o seu próprio Rei, e ilegalmente invade a província de outro governo. É por isso que a impiedade disso é tão grande; é por isso que a violação desses princípios forma a imagem da besta, em segundo lugar.
            Agora desejo formular uma pergunta: Tomando somente os textos que temos estudado esta noite e os princípios que a eles subjazem--não que são a eles levados, mas que neles estão inevitavelmente embutidos -- to­mando esses textos somente, e se esses princípios da igreja tivessem sido estritamente seguidos, como foram por JESUS CRISTO neste mundo, teria havido ou poderia jamais haver um papado? Poderia ter havido uma coisa tal como a besta? Poderia, então, jamais haver uma coisa tal como a imagem da besta? Não, senhor. Isso é eviden­temente verdade.
            Então, com base nisso, como violação desses princípios inevitavelmente fizeram a besta em primeiro lu­gar, a violação desses princípios em segundo lugar não fez possivelmente coisa alguma mais do que a imagem da besta. Não foi devido ao povo, os professos cristãos, no Império Romano serem piores do que quaisquer outros professos cristãos que já existiram que se formou o papado; não foi isso. Foi a violação dos melhores princípios que já se introduziu no mundo, que fizeram a pior coisa que já existiu no mundo. E quando DEUS chamou o mun­do para Si mesmo pelos princípios do cristianismo, mediante a obra da Reforma e uma vez mais estabeleceu os princípios do cristianismo em contraposição à besta, isso fez do Protestantismo o que ele é. E quando esses pro­fessos Protestantes violam esses princípios, produz idêntico resultado, na perfeita imagem da coisa original que foi feita primeiramente pela violação dos princípios.
            Assim, tem sido demonstrado perante o mundo inteiro nessas duas ocasiões, que a violação desses prin­cípios revelou-se nos versos que lemos e nada podem mais fazer do que amaldiçoar o mundo com o próprio espíri­to papal bestial. Então, que coisa deve mais ser evitada por todos aqueles que se identificam com o nome de CRISTO? É a violação desses princípios, e isso se aplica mesmo aos adventistas do sétimo dia, e o que se tem a fazer é ligar-nos eternamente aos princípios e mantê-los porque tais princípios violados pelos adventistas do sétimo dia produzirão as operações do papado, bem como as dos protestantes e católicos.
            Assim, novamente digo, não foi por que os professos cristãos do Império Romano fossem piores do que quaisquer outros povos sobre a Terra que o papado se tornou tão mau quanto é. Não é porque os líderes das igre­jas protestantes neste país são piores do que outras pessoas que a imagem da besta foi feita e está desenvolvendo suas cruéis ações, mas é devido a que essas pessoas violam os princípios que foram estabelecidos para o bem do mundo, e a violação deles nada mais pode fazer do que amaldiçoar o mundo. E se são violados até pelos adventis­tas dos sétimo dia, será uma maldição -- seja onde forem praticados.
            Um ponto mais, e então encerraremos esta lição por volta da metade de João 17:9: "É por eles que Eu rogo". Ou seja, os Seus discípulos, sobre os quais Ele disse ao PAI terem-Lhe sido dados do mundo. "Rogo por Eles, não rogo pelo mundo". Então pode o homem cujas afeições e atenção, atividades e labores concentrarem-se neste mundo e nos assuntos deste mundo beneficiar-se com essa oração? Não senhor. "É por eles que Eu rogo; não rogo pelo mundo", mas por aqueles que Me deste, porque são Teus". Dados a Mim a partir do mundo. Tira­dos do mundo. Dados a Mim, rogo por eles; não pertencem ao mundo, assim como também não sou do mundo. Então cada homem que deseje obter o benefício dessa oração deve separar-se do mundo, das coisas deste mundo, dos negócios deste mundo--suas afeições devem apartar-se de tudo que esteja no mundo ou dele seja, tão certa e inteiramente como o próprio JESUS CRISTO, pois "eles não são do mundo como Eu do mundo não sou".


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